A segunda semana da
Sem acordo entre países ricos e pobres sobre financiamento climático, nenhum governo assinou compromissos financeiros em Belém. Por isso, os bancos multilaterais são hoje praticamente a única fonte expressiva de recursos.
Bancos dominam os anúncios de financiamento
Dez grandes bancos de desenvolvimento prometeram, juntos, o equivalente a R$ 1,6 trilhão até 2030, com apoio também do setor privado.
Desse total:
- US$ 185 bilhões devem ir para países em desenvolvimento;
- US$ 120 bilhões virão diretamente de dez bancos multilaterais;
- US$ 65 bilhões serão captados com investidores privados.
Entre as instituições estão o Banco Mundial, BID, Banco dos Brics, Banco Europeu de Investimento e bancos de desenvolvimento da Ásia, África e infraestrutura.
Além disso, o grupo prevê US$ 115 bilhões para países ricos, sendo:
- US$ 50 bilhões do caixa dos bancos, cerca de R$ 264.850 bilhões de reais;
- US$ 65 bilhões do capital privado.
Capital privado e novos instrumentos financeiros
Para atrair dinheiro privado, os bancos multilaterais têm usado novos instrumentos financeiros, como:
- títulos de dívida para adaptação climática;
- certificados sustentáveis compatíveis com a Sharia;
- garantias e mecanismos de mitigação de risco.
As instituições também destacaram que não basta ter recursos, é preciso direcioná-los. A recomendação é priorizar regiões e populações mais vulneráveis, como pequenos Estados insulares, entre eles, Maldivas e Tuvalu, que enfrentam ameaças do avanço do nível do mar.
(Sob supervisão de Alex Araújo)