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Conta de água não aumentou em SP, diz Sabesp sobre questionamentos de deputados mineiros

Responsável por administrar o abastecimento e saneamento no território paulista, a empresa diz que ocorreu redução no valor da tarifação

Empresa foi privatizada em julho do ano passado

A Sabesp afirma que não aumentou o preço da conta de água de São Paulo após ser privatizada. O aumento da tarifa é uma das principais preocupações dos deputados da oposição na Assembleia Legislativa de Minas Gerais ao falar sobre os impactos envolvendo a privatização da Copasa.

Responsável por administrar o abastecimento e saneamento no território paulista, a Sabesp diz que ocorreu redução no valor da tarifação. A afirmação é da diretora-executiva de Relações Institucionais e Sustentabilidade da empresa, Samanta Souza.

“Não aumentou, a tarifa reduziu 0,6%. No momento da desestatização, 1% para o residencial, 0,5% para o comércio e indústria e 10% para baixa renda. Esse pacote deu uma redução de 0,6%. A capital de São Paulo foi a única que teve redução, e olhando as capitais do Brasil como um todo, de 2024 para 2025, foi a única capital que teve redução no valor da conta em relação ao Brasil como um todo”, pontua.

Um outro ponto destacado pela oposição no parlamento mineiro é a preocupação com a extinção da gratuidade ou descontos destinados às famílias em situação de vulnerabilidade social. Em São Paulo, a Sabesp diz que mantém três linhas de tarifas com benefícios.

“Existe a tarifa social, na Sabesp a gente tem três modelos de tarifa social, dois que cumprem a Legislação federal e uma terceira criada pelo próprio governo do estado para beneficiar um volume maior de pessoas. Antes da privatização, nós beneficiávamos 900.000 famílias, hoje nós estamos beneficiando 1.800.000 famílias, atingindo aí 5 milhões de pessoas da região atendida pela Sabesp”, afirma.

Em relação a outros estados, a empresa está prometendo entregar a universalização do saneamento em São Paulo até 2029, quatro anos antes do prazo estabelecido como meta no cenário nacional.

O Marco Legal do Saneamento determinou, por meio de lei, que todas as cidades brasileiras precisam ter 99% da população com água potável e mais de 90% dos brasileiros com coleta e tratamento de esgoto.

A determinação vale para estatais como a Copasa para e empresas privatizadas que fazem a gestão dos serviços nos Estados, como no caso da Sabesp. Prometendo um investimento de 70 bilhões nos próximos quatros anos, a gestão privatizada da Sabesp diz que irá alcançar o objetivo com antecedência.

“A meta do contrato é em 2029, então 4 anos antes do que o regime federal. R$ 70 bilhões de investimento é praticamente o equivalente ao que a gente tem investido hoje em toda a região que a gente atua em 52 anos de história, o que a gente chama de fazer 50 anos em 5”, conclui.

Deputado de oposição em SP faz críticas à gestão da Sabesp

O vice-líder da oposição a Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Alesp, Guilherme Cortez, afirma que a privatização faz com que as empresas deixem de ter objetivo de atender o interesse público e passem a “priorizar o interesse privado de obter lucro para seus acionistas”.

“As pessoas não conseguem sequer falar com a Sabesp ou obter uma resposta satisfatória sobre quando a água será religada. Isso quando a água não está saindo contaminada — amarela, marrom — e em outras situações absurdas que nós vemos”, explicou.

De acordo com o parlamentar, reclamações de regiões inteiras que ficam sem água são frequentes e, após a privatização, o contato com a empresa para solucionar os problemas de abastecimento ficou mais difícil.

“A Sabesp era uma das empresas mais bem avaliadas do estado, que tinha problemas, como qualquer estatal ou empresa privada, mas prestava um serviço de excelência para a população”, disse.

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Correspondente da Rádio Itatiaia em São Paulo. Ingressou na emissora em 2023. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. Na Band, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na Band News FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do Band News TV. Em 2023, foi reconhecido como um dos 30 jornalistas mais premiados do Brasil.