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Audiência pública discute instalação de novas unidades habitacionais no bairro Castelo

São 484 unidades do Minha Casa Minha Vida já contratadas, com apartamentos bem planejados, e que podem custar R$ 170 mil

Audiência Pública tratou sobre novo conjunto habitacional no bairro Castelo

Prédios com elevadores, com 9 ou 13 andares, comércio no térreo para arcar com o condomínio e mudanças estruturais em serviços públicos no bairro. Estes são os planos para o novo conjunto habitacional da região do Castelo, na Pampulha, que foi alvo de polêmicas e rejeição de moradores no local.

Uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Habitação da Câmara Municipal de Belo Horizonte, reuniu representantes da URBEL e lideranças de comunidades e ocupações que esperam por moradia. O encontro foi solicitado pelo vereador Pedro Rousseff (PT).

São 484 unidades do Minha Casa Minha Vida já contratadas, com apartamentos bem planejados, e que podem custar R$ 170 mil.

Porém, moradores do Castelo são resistentes, e dizem que o terreno onde vão acontecer as obras é uma reserva ambiental. Afirmação que lideranças chamaram de “preconceito” por conta da perspectiva da presença de famílias de baixa renda na região.

O diretor-presidente da Urbel, Claudius Vinícius Leite, diz que faltam algumas tratativas da Caixa Econômica para o início da obra, e que os terrenos não são de reservas naturais.

“Não, não é área ambiental, está classificada pelo menos desde 2013 como área especial de interesse social. Esse zoneamento é destinado à construção de habitação de interesse social, habitação para população de baixa renda. Nossa preocupação de integração dessa população, que é um tema central nesse nesse caso, é fundamental”, destaca.

Samuel Costa é Presidente do Movimento de Moradia da Vila Santa Rita Barreiro, e enaltece a ideia de construir um conjunto habitacional, além de criticar certo preconceito contra a ida das novas famílias para o local.

“É inédito a gente ter essa oportunidade de crescer junto com os moradores que tem uma estrutura melhor. Muitos de nós somos os pastilheiros, né, dos moradores do bairro Castelo, somos os porteiros do bairro Castelo. Então os empregados, domésticos, cuidadores de idosos do bairro Castelo e com essa oportunidade, nós também vamos ser os advogados do bairro Castelo, nós vamos ser os engenheiros do bairro Castelo, nós vamos ser os dentistas, ninguém aqui é inimigo de nenhum morador do bairro Castelo. Eles fizeram a reivindicação deles e isso é normal, mas nós queremos mostrar que, igual tá na chata ali que nós também somos limpinhos, nós somos organizados”, destacou.

Na audiência, não foram convidados moradores do Castelo que são contra a obra, e nem vereadores que também sejam contrários ao projeto de construção do novo conjunto habitacional.

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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.