Dois dias após afirmar que a
ditadura militar no Brasil era uma “questão de interpretação”, o governador de Minas Gerais,
Romeu Zema (Novo), retornou ao tema em entrevista coletiva nesta sexta-feira (6) e afirmou que não é favorável a governos autoritários. “Sou totalmente contrário a qualquer ditadura, mas temos que lembrar que estamos vivendo a ditadura do crime organizado no Brasil”, declarou durante entrevista coletiva.
Zema afirmou que “24 milhões de brasileiros vivem, hoje, em território submisso ao crime organizado” e defendeu que para combater as facções criminosas é necessário que o governo federal classificasse esses grupos como terroristas. “Nós poderíamos colocar todo o aparato de segurança pública — exército, forças de segurança dos estados e a polícia federal — para estar combater [os criminosos]”, afirmou.
No dia 27 de maio,
Zema usou as redes sociais para elogiar o que chamou de “golaço” da Câmara Federal — a aprovação de urgência de um projeto de lei (PL) que equipara o crime organizado e a criação de milícias ao terrorismo.
Com a urgência, o PL, de autoria do deputado Danilo Forte (União), pode ser votado no Plenário a qualquer momento, sem a necessidade de tramitar pelas comissões.
Zema participa de um painel no Fórum Esfera, no Guarujá, em São Paulo. Além dele, os ministros Renan Filho (MDB) e
Jader Filho (MDB), das pastas de Transportes e Cidades, também participaram do evento.