O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) avaliou,
Segundo Alckmin, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi generoso com os governos estaduais que enfrentam dificuldades financeiras e deu aval a uma proposta “de pai para filho”.
“Acompanhei bem esse tema, desde a época do governador Mário Covas, em São Paulo. Os estados estavam em dificuldade, o governo federal na época do Fernando Henrique fez uma negociação da dívida, assumiu a dívida e os estados pagariam as parcelas em 30 anos. A alíquota era IGP-DI mais 6%, 7,5% ou 9% de juros. O índice inflacionário era muito ligado ao dólar, então teve caso do IGP-DI passar de 20% ao ano. A presidente Dilma já renegociou, no meu tempo de governador. Ao invés de usar 9% de juros, passou para 4% e ao invés de usar o IGP-DI, passou a usar o IPCA, que era menor. Ou seja, o juros ficou sendo o IPCA mais 4%, um espetáculo”, relembra o vice-presidente.
O governador Romeu Zema chegou a criticar alguns vetos de Lula ao Propag e disse que o programa apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), tinha sido “mutilado”. No mesmo dia, no entanto, o vice-governador Mateus Simões (Novo) amenizou as críticas de Zema e disse que o estado deveria aderir ao plano.
Dias depois, Zema recuou e admitiu iria aderir ao programa de renegociação da dívida com o governo federal. A dívida de Minas Gerais gira em torno de R$ 160 bilhões.
“Agora, o presidente Lula, através do Propag fez algo que ninguém imaginava, pode ser o IPCA mais 0%. Isso é de pai para filho. Na realidade, o benefício para estados com maior endividamento e dificuldade, como Minas, Rio e Rio Grande do Sul, é altamente benéfico. Nunca vi você não pagar juros. É impressionante. Esse plano é feito de irmão para irmão. Claro que o governador vai aceitar. O que você escolheria? Pagar 4% de juros ou 0%. O governo federal, para captar o governo, paga a taxa Selic. Se houve um gesto generoso, foi esse gesto do presidente Lula”, continuou Alckmin.