O presidente da Câmara dos Deputados,
Recentemente, Zema ingressou nas fileiras de governadores que defendem a anistia, inclusive marcando presença em ato na Avenida Paulista, em São Paulo, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Do outro lado, o governo Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF) defendem que os manifestantes sejam punidos com rigor por conta dos atos de depredação.
Protagonismo de Motta na tramitação do PL da anistia
O presidente do Parlamento pode adotar uma postura mais pragmática, o que irritaria a ala conservadora. Isso consiste em determinar que a proposta siga o trâmite tradicional dos demais projetos que ingressam na Casa, passando pela análise das comissões. Isso, aliás, é o mínimo pleiteado pelos deputados de esquerda — que o PL passe por todos os ritos necessários.
Os deputados de alas progressistas são contrários à essência do projeto e defendem que os condenados do 8/1 sejam punidos por fazerem parte de uma conjuntura que buscava um golpe de Estado. A direita quer celeridade. O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante,
A proposta recebeu 262 assinaturas, cinco a mais do que o mínimo necessário, e conta com o apoio de partidos que integram a base do governo, como o PSD, União Brasil, Republicanos, PP e MDB. Se o requerimento for pautado por Motta e aprovado pelos deputados, o texto pode ser analisado diretamente no plenário, pulando a fase de análise nas comissões permanentes.
Ministros do Supremo tem se posicionado de forma contrária à Anistia
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm dado sinais de que são contrários à possibilidade de o Congresso Nacional perdoar os envolvidos nos ataques em Brasília. No mês passado, no
“Nenhuma bíblia é vista, nenhum batom é visto nesse momento. Mas ataques à polícia são vistos, pedido de intervenção militar é visto”, disse Moraes ao apresentar as imagens dos ataques.
Das 497 pessoas condenadas pelo STF pelos atos de 8 de janeiro, apenas 43 (8,6% do total), têm mais de 60 anos. E, dessas 43 pessoas, somente 15 são mulheres. Os dados foram citados por Moraes durante o julgamento de Bolsonaro e detalhados posteriormente pelo Supremo.