A gestão de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (EUA), decidiu colocar fim ao financiamento a vacinas de RNA mensageiro (mRNA), que pode impactar áreas de estudo voltadas para o
A justificativa é a mudança de foco para “plataformas mais seguras”, como, por exemplo, as vacinas de vírus inativado. A decisão dividiu opiniões.
Estas vacinas são feitas a partir do vírus real, que é tratado em laboratório e depois inativado. Elas são usadas, inclusive, para fabricação de imunizantes contra a febre amarela e poliomielite.
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A vantagem é que são mais baratas e fáceis de armazenar. No entanto, exige doses de reforço regulares e tem resposta imunológica com menor potencial.
Por outro lado, as de RNA mensageiro, ao invés do vírus, possuem uma sequência de RNA, fazendo com que o organismo crie uma proteína parecida com a do patógeno. Isso ativa o sistema imunológico. Elas são consideradas mais seguras, principalmente, para grupos de pessoas vulneráveis.
Pesquisas podem ser impactadas
A decisão pode atrasar e até impedir pesquisas contra doenças, dentre elas, câncer, HIV e Zika.
Por conta da decisão, países como Índia, China e até o Brasil podem criar suas próprias plataformas de mRNA.
Vale destacar que não há informações, até então, se as mudanças afetarão os estudos que estão em andamento ou apenas novos projetos.
Brasil pretende criar centro com foco em RNA mensageiro
Em julho, o Brasil lançou uma chamada pública para credenciar o primeiro Centro de Competência em tecnologias de RNA do país, com foco em RNA mensageiro (mRNA).
Conforme o Ministério da Saúde, a medida “integra um pacote de ações voltadas à soberania científica do Brasil, para as quais foram destinados R$ 450 milhões”. Para a criação do centro, serão investidos R$ 60 milhões.
O RNA sintético foi usado pela primeira vez durante a pandemia da Covid-19.
O Centro pretende estabelecer parcerias com startups, universidades, empresas e ICTs nacionais e internacionais. Entre os seus objetivos, estão o desenvolvimento de vacinas prioritárias para as Américas, a oferta de suporte técnico e a capacitação a outras instituições de pesquisa e desenvolvimento na Região.
Com informações do Ministério da Saúde