O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, foi intimado a prestar depoimento à Polícia Federal (PF). Também foi convocado para depor o ex-diretor-adjunto da agência, Alessandro Moretti.
Os depoimentos estão previstos para acontecer na próxima quinta-feira (15), ainda sem horário confirmado. As oitivas fazem parte das investigações sobre a chamada “Abin Paralela”, que apura suspeitas de espionagem ilegal durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O caso apurado seria um ataque hacker promovido pela agência contra o Paraguai, com o objetivo de acessar informações sigilosas relacionadas às negociações sobre a Usina Hidrelétrica de Itaipu - administrada pelos dois países.
A revelação, que consta em um depoimento de um funcionário da agência prestado à PF, levou a própria Polícia Federal a abrir um inquérito para investigar a possibilidade de que a antiga gestão da agência tenha atuado para dificultar as apurações sobre o caso.
Alessandro Moretti foi exonerado do cargo no início de 2024, após as primeiras suspeitas virem à tona. Desde então, a permanência de Corrêa no comando da Abin tem sido alvo de questionamentos por parte de integrantes da base do governo Lula. Atualmente, a Abin está vinculada à Casa Civil, liderada pelo ministro Rui Costa (PT).
A Casa Civil foi procurada para comentar o caso, mas ainda não se manifestou.