Julgamento de Bolsonaro no STF terá esquema de segurança reforçado

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta manhã à análise da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas por suposta tentativa de golpe de estado. Os ministros da primeira turma, Alexandre de Moraes, Carmen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Aline Neves, estão avaliando as acusações apresentadas pela Procuradoria Geral da República.

Um esquema de segurança reforçado foi implementado para proteger o prédio do STF durante o julgamento. A sede do Supremo, localizada na Praça dos Três Poderes, está completamente cercada por gradis, com acesso restrito mediante credenciamento, tanto para a imprensa quanto para funcionários internos.

A expectativa é de que o julgamento seja concluído nesta quarta-feira (25), mas a duração pode variar dependendo do tempo que cada ministro utilizar para proferir seu voto. A comunidade jurídica e a sociedade brasileira acompanham atentamente o desenrolar deste caso, que pode ter implicações significativas para o cenário político nacional.

A denúncia

A denúncia aponta que Bolsonaro e seus aliados próximos teriam cometido cinco crimes: golpe de estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Entre os acusados, além do ex-presidente, estão nomes como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e ex-ministros.

O julgamento segue uma ordem específica de votação, iniciando com o ministro Alexandre de Moraes, seguido por Flávio Dino, Luiz Fux, Carmen Lúcia e Cristiano Zanin. Não há um tempo pré-estabelecido para cada voto, o que pode levar à necessidade de sessões extraordinárias caso o julgamento não seja concluído na quarta-feira, como inicialmente previsto.