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Filipe Barros, do PL, assume Comissão de Relações Exteriores da Câmara

Deputado foi indicado após Eduardo Bolsonaro, anteriormente cotado para o cargo, decidir se licenciar do mandato e ficar nos EUA

O deputado Filipe Barros (PL-PR) durante a sessão de instalação da CREDN

O deputado Filipe Barros (PL-PR) foi eleito nesta quarta-feira (19) presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados.

Neste ano, o comando do colegiado ganhou relevância com a intenção inicial do PL de indicar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a presidência, o que travou as negociações em torno das outras comissões permanentes.

Partidos de esquerda, sobretudo o PT, alegavam que o parlamentar usaria a CREDN para pressionar o governo Trump contra as autoridades brasileiras, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF).

Com a decisão do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de se licenciar temporariamente do mandato e ficar nos Estados Unidos, o deputado Zucco (PL-RS) chegou a ser cotado para a presidência, mas o deputado gaúcho permaneceu como líder da Oposição na Câmara e o posto ficou com Barros.

Em seu discurso, o deputado paranaense afirmou que Eduardo “se exila para fugir de uma iminente perseguição às suas liberdades e da sua família”.

“É mais um capítulo triste da recente história no Brasil, onde a democracia é uma palavra quase sem sentido, onde um grupo político, nós, a direita, foi escolhido para ser eliminado da vida pública”, declarou.

Barros disse ainda que “a despeito de combate a um suposto extremismo, se pratica o pior extremismo de todos, o da coerção estatal e o da judicialização da política”.

É responsabilidade da comissão debater e votar sobre temas ligados às relações diplomáticas, econômicas, culturais e científicas do Brasil com outros países. Além disso, é pelo colegiado que passam os tratados e acordos internacionais antes da votação no plenário da Casa.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.