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Reforma do IR: Motta fala em ‘lealdade’, mas cobra responsabilidade fiscal

Presidente da Câmara dos Deputados sinalizou que Congresso pode incluir revisão das isenções tributárias no texto

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, durante o evento para apresentação da reforma do Imposto de Renda

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta terça-feira (18) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá a “lealdade” do Congresso na tramitação da proposta de reforma do Imposto de Renda (IR), mas cobrou responsabilidade fiscal do governo.

“Temos também que aqui registrar, presidente Lula, que nesse momento de lealdade que não haverá justiça social no país se não tivermos a responsabilidade fiscal. E isso para o Congresso é muito caro. E nós queremos, nessa responsabilidade que nós temos, dizer que nós temos que buscar a melhor forma para se encontrar essa neutralidade”, declarou Motta.

A proposta que isenta do IR quem ganha até R$ 5 mil mensais foi apresentada em um evento no Palácio do Planalto. A cerimônia contou com as presenças de parlamentares e ministros do governo.

O texto também prevê um desconto para os trabalhadores que recebem até R$ 7 mil, além de uma tributação progressiva, limitada a 10%, sobre aqueles com renda anual entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão, medida que afetará apenas 141 mil contribuintes, segundo o Ministério da Fazenda.

Motta disse ainda que o Congresso deve fazer mudanças no texto e mencionou ainda a possibilidade de incluir no projeto uma revisão das isenções tributárias.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.