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Forças de segurança de Minas ameaçam mobilização e cobram reajuste salarial de Zema

Os sindicatos e associações que representam as diversas categorias da segurança pública ameaçam uma paralisação geral caso o governo não atenda às demandas da classe

Romeu Zema, governador de Minas Gerais.

As forças de segurança pública de Minas Gerais ameaçam mobilizações diante da insatisfação com as condições salariais e de trabalho. Durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira (18), representantes da categoria cobraram do governo Romeu Zema (Novo) a recomposição salarial e o cumprimento da lei que determina a divulgação, até o fim de janeiro de cada ano, do percentual de reajuste dos servidores, conforme a revisão geral anual prevista na Constituição.

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No encontro, a categoria expressou descontentamento com a falta de diálogo do governo estadual. O deputado estadual Sargento Rodrigues (PL) criticou a postura de Zema, afirmando que “o governador não dialoga com ninguém. Só com seu Instagram e TikTok. Quando ele anunciou o vale-alimentação, também não negociou com ninguém, só com os próprios secretários e staff”.

Os sindicatos e associações que representam as diversas categorias da segurança pública ameaçam uma paralisação geral caso o governo não atenda às demandas da classe.

A principal reivindicação é a recomposição salarial para compensar as perdas inflacionárias acumuladas, estimadas em 44% nos últimos dez anos. Segundo os representantes da categoria, o auxílio-alimentação anunciado pelo governo não pode ser considerado um aumento real nos vencimentos dos servidores.

Pelo Executivo, participaram da audiência a subsecretária de Gestão de Pessoas, Helga Beatriz; e o ex-secretário de Governo, Gustavo Valadares.

O secretário de Fazenda, Luiz Claudio Gomes, que também acompanha a reunião, culpou gestões anteriores pelas dificuldades financeiras do estado e afirmou que “não existe possível valorização do servidor público” neste cenário. “Ainda estamos pagando por todos os passivos que tivemos que organizar quando assumimos o governo. Repasses em saúde, depósitos judiciais e tantos outros que foram essenciais para algumas políticas públicas”, declarou.

O governo estadual ainda não se manifestou.

Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.