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Joias sauditas: TCU mantém decisão que beneficia Bolsonaro; STF pode ignorar

O ministro Jorge Oliveira, da Corte de Contas, rejeitou recursos e manteve entendimento de que presentes de presidentes da República não são patrimônio público

O ministro Jorge Oliveira, do Tribunal de Contas da União (TCU), rejeitou recursos e reafirmou que presentes recebidos por presidentes e vice-presidentes da República não são considerados patrimônio público. A decisão foi publicada em 19 de fevereiro.

Oliveira, que foi chefe da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL), argumentou que não há lei específica sobre o tema.

Apesar disso, o entendimento do TCU pode não ser seguido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que tem a palavra final sobre a interpretação da Constituição. O STF já derrubou decisões do TCU em outras ocasiões.

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A decisão de Oliveira ocorre em meio ao inquérito que apura a venda de jóias recebidas por Bolsonaro como presente da Arábia Saudita. O ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal, junto com outras 11 pessoas, por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.

O caso está com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que pode apresentar denúncia ao STF, pedir novas diligências ou arquivar o inquérito.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.
É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.
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