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Lula defende PEC da Segurança, diz que não fará GLO e comenta situação no RJ: ‘Bangue-bangue’

Presidente concedeu entrevista nesta quinta-feira (20) à Rádio Tupi, do Rio de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista à Rádio Tupi

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta quinta-feira (20) a proposta de emenda à Constituição (PEC) elaborada pelo governo para enfrentar o problema da segurança pública no país e disse que não fará operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

A PEC é criticada por governadores, que apontam interferência indevida do Executivo federal em competências dos estados. O texto, no entanto, ainda não foi enviado ao Congresso Nacional e está sendo preparado pelo Ministério da Justiça.

“Muitas vezes os governadores não querem, porque a polícia é um pedaço do poder do estado. Não querem que o governo federal se intrometa. De vez em quando, eles pedem que eu faça uma GLO. Não vou fazer GLO, porque a GLO que foi feita pro Rio de Janeiro gastou mais de R$ 2 bilhões e não resolveu quase nada”, afirmou o petista em entrevista à Rádio Tupi, emissora carioca.

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Lula também comentou sobre a segurança pública no Rio de Janeiro, a qual classificou a situação como um “bangue-bangue”, e defendeu a presença da polícia no cotidiano das favelas.

“Nós não podemos ter polícia só para entrar na favela para atacar, matar ou atirar. Não. É preciso que a polícia esteja constantemente participando da vida cotidiana da favela. É isso que nós queremos aprovar nessa PEC, qual o papel do Estado”, declarou.

Questionado sobre o tempo para aplicação das propostas, Lula afirmou que isso depende do ritmo do Congresso.


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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.