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Em resposta ao vídeo de Nikolas Ferreira sobre pix, vereador do PT cria projeto contra fake news em escolas

Aliados do governo Lula investem contra bolsonaristas após a crise provocada pela ampliação da fiscalização da Receita Federal das movimentações via pix

Deputado Pedro Rousseff criticou o deputado Nikolas Ferreira por seu vídeo sobre o monitoramento do pix

O vereador Pedro Rousseff (PT) protocolou na Câmara Municipal de Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira (17), um projeto de lei que institui o programa ‘Ensino Anti-Fake News’ nas escolas públicas da capital.

A ideia, segundo o texto apresentado pelo parlamentar, é ‘promover a alfabetização midiática e a formação de estudantes com capacidade crítica para identificar, analisar e combater a desinformação’.

Desde terça-feira, quando um vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL) viralizou nas redes sociais, integrantes do PT tentam rebater os argumentos do parlamentar. O deputado mineiro fez críticas à proposta do governo Lula de aumentar o monitoramento da Receita Federal sobre as transações via pix.

A alcance do vídeo (com mais de 300 milhões de visualizações até agora) contribuiu para que o governo reavaliasse a medida e revogasse a instrução normativa da Receita Federal. Nikolas questiona a credibilidade do governo Lula e aponta a desconfiança da população com promessas do governo federal.

Reação de petistas

Parlamentares do PT, e o próprio Ministério da Fazenda e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, associam a rejeição a proposta do governo a uma onda de fake news, que sugeria possível ‘taxação do pix’.

Os métodos de combate às fake-News poderiam ser inseridas no currículo escolar integrando as disciplinas já existentes.

Segundo o vereador, em justificativa do Projeto de Lei, o combate as informações falsas ainda no período escolar permite a formação de cidadãos críticos.

“Este Projeto de Lei é um passo importante para garantir que as novas gerações de belorizontinos e belorizontinas se formem enquanto cidadãos conscientes e críticos. A integração desse conteúdo de forma transversal no currículo escolar possibilitará um aprendizado dinâmico e contextualizado, alinhado às demandas da sociedade contemporânea. Assim, o “Ensino Anti-Fake News” contribuirá para fortalecer a educação como pilar de resistência à desinformação e para a construção de uma sociedade mais justa e informada”, diz Rosseff.

Nas redes sociais, o vereador Pedro Rouseff utilizou a imagem do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), com o rosto coberto com uma tarja escrita ‘fakenews’. O vídeo, postado nas redes sociais do deputado, passou de 300 milhões de visualizações, e é apontado como um dos motivos para o Governo Federal ter recuado da medida de monitoramento do pix.

Medida já existe na Finlândia

A Finlândia, na Europa, é reconhecida no mundo como referência em educação midiática. Uma Política Nacional de Educação Midiática foi iniciada no país em 2013, e passou a fazer parte do currículo escolar de alunos do ensino fundamental e médio à partir de 2019.

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Nas escolas, alunos são ensinados a identificar notícias falsas e desinformação em todos os meios de comunicação. Crianças são ensinadas a editar textos, vídeos e imagens, enquanto professores mostram como é fácil manipular informações para estabelecer linhas de pensamento alinhadas aos interesses de quem veiculou a notícia.

Outra estratégia do governo finlandês é ensinar aos alunos a diferença de notícias em meios profissionais, como veículos jornalísticos reconhecidos, e redes sociais.


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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.