O vereador Pedro Rousseff (PT) protocolou na Câmara Municipal de Belo Horizonte, na manhã desta sexta-feira (17), um projeto de lei que institui o programa ‘Ensino Anti-Fake News’ nas escolas públicas da capital.
A ideia, segundo o texto apresentado pelo parlamentar, é ‘promover a alfabetização midiática e a formação de estudantes com capacidade crítica para identificar, analisar e combater a desinformação’.
Desde terça-feira, quando um
A alcance do vídeo (com mais de 300 milhões de visualizações até agora) contribuiu para que o
Reação de petistas
Parlamentares do PT, e o próprio Ministério da Fazenda e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, associam a rejeição a proposta do governo a uma onda de fake news, que sugeria possível ‘taxação do pix’.
Os métodos de combate às fake-News poderiam ser inseridas no currículo escolar integrando as disciplinas já existentes.
Segundo o vereador, em justificativa do Projeto de Lei, o combate as informações falsas ainda no período escolar permite a formação de cidadãos críticos.
“Este Projeto de Lei é um passo importante para garantir que as novas gerações de belorizontinos e belorizontinas se formem enquanto cidadãos conscientes e críticos. A integração desse conteúdo de forma transversal no currículo escolar possibilitará um aprendizado dinâmico e contextualizado, alinhado às demandas da sociedade contemporânea. Assim, o “Ensino Anti-Fake News” contribuirá para fortalecer a educação como pilar de resistência à desinformação e para a construção de uma sociedade mais justa e informada”, diz Rosseff.
Nas redes sociais, o vereador Pedro Rouseff utilizou a imagem do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), com o rosto coberto com uma tarja escrita ‘fakenews’. O vídeo, postado nas redes sociais do deputado, passou de 300 milhões de visualizações, e é apontado como um dos motivos para o Governo Federal ter recuado da medida de monitoramento do pix.
Medida já existe na Finlândia
A Finlândia, na Europa, é reconhecida no mundo como referência em educação midiática. Uma Política Nacional de Educação Midiática foi iniciada no país em 2013, e passou a fazer parte do currículo escolar de alunos do ensino fundamental e médio à partir de 2019.
Nas escolas, alunos são ensinados a identificar notícias falsas e desinformação em todos os meios de comunicação. Crianças são ensinadas a editar textos, vídeos e imagens, enquanto professores mostram como é fácil manipular informações para estabelecer linhas de pensamento alinhadas aos interesses de quem veiculou a notícia.
Outra estratégia do governo finlandês é ensinar aos alunos a diferença de notícias em meios profissionais, como veículos jornalísticos reconhecidos, e redes sociais.