O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) manifestou-se publicamente após uma operação de busca e apreensão ter sido realizada contra assessores ligados ao seu gabinete. A ação, que investiga o contrato de locação de um veículo para uso oficial, foi recebida com críticas pelo parlamentar.
Cavalcante afirmou ter sido surpreendido pela imprensa sobre a operação e esclareceu que o contrato em questão é referente ao aluguel de um carro, prática que vem realizando desde seu primeiro mandato em 2016. Segundo o deputado, o valor atual do aluguel é de R$ 4.500 mensais, tendo iniciado com R$ 4.000.
Defesa e transparência
O parlamentar defendeu a legalidade do contrato, enfatizando que está dentro dos direitos previstos pela Cota Parlamentar. ‘Nunca, jamais houve nenhum desvio porque é legal’, declarou Cavalcante, ressaltando que todos os pagamentos estão devidamente registrados.
Cavalcante também fez um apelo à transparência, convidando a população a fiscalizar os portais de outros parlamentares. Ele argumentou que o valor do aluguel de seu veículo está, inclusive, abaixo do preço de mercado em comparação com contratos similares de outros deputados.
Suspeita de retaliação política
O deputado levantou a possibilidade de a operação ser uma tentativa de intimidação política. Cavalcante, que recentemente foi indicado para a liderança do PL na Câmara, com apoio unânime de seus 95 colegas de bancada, expressou: ‘Não quero acreditar que isto seja um instrumento para tentar me intimidar’.
Apesar da situação, o parlamentar reafirmou seu compromisso com a fiscalização do governo atual. Ele criticou o desempenho econômico da gestão, mencionando prejuízos em estatais, alta do dólar e aumento da inflação.
Sóstenes Cavalcante concluiu reiterando sua inocência e a de sua equipe: ‘Aqui no nosso gabinete, não tem nenhum tipo de prática ilícita e nunca vai ter, porque nós não temos o que temer’. O deputado também expressou solidariedade ao colega Carlos Jordi, cujo gabinete também foi alvo de investigação semelhante.