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Lira critica veto do Carrefour à carne do Mercosul e fala em votar projeto de reciprocidade econômica

Segundo o presidente da Câmara, o Brasil tem que dar uma “resposta clara” ao que classificou como “protecionismo exagerado” e “injusto” dos produtores franceses

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou nesta segunda-feira (25) o anúncio feito pelo diretor-executivo do Carrefour, Alexandre Bompard, de que a rede de supermercados francesa vai parar de comprar carne vinda dos países do Mercosul.

Durante discurso em um evento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em São Paulo, Lira disse que o protecionismo europeu, sobretudo da França com o Brasil, “incomoda muito” e cobrou uma retratação de Bompard.

“Não é possível que o CEO de um grupo importante como é o Carrefour não se retrate de uma declaração de praticamente não contratar as proteínas animais advindas e oriundas da América do Sul”, declarou.

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Segundo o presidente da Câmara, o Brasil tem que dar uma “resposta clara” ao que classificou como “protecionismo exagerado” e “injusto” dos produtores franceses. Para isso, ele afirmou que o Congresso deve votar ainda nesta semana um projeto de lei que garanta a reciprocidade econômica entre os países.

A proposta em questão é de autoria do deputado Tião Medeiros (PP-PR) e proíbe o governo brasileiro de firmar acordos internacionais “que possam representar restrições às exportações brasileiras e ao livre comércio” quando os países ou blocos econômicos não adotarem normas ambientais equivalentes às brasileiras.

O projeto determina ainda que o governo crie o “Programa Nacional de Monitoramento da Isonomia Internacional de Políticas Ambientais”, para incluir os países com os quais o Brasil mantenha relações comerciais e ambientais.

Lira, que é pecuarista, disse ainda que hoje os produtores brasileiros estão “embaixo da lei mais rígida no sentido ambiental mundial”, em referência ao Código Florestal.


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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.