Pelo menos três capitais brasileiras estudam a possibilidade de contratar seguro para obras de infraestrutura depois que as construções já estiverem prontas. Em entrevista à Itatiaia, na COP 29, em Baku, no Azerbaijão, Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) explicou que esse tipo de contratação é comum em países com ocorrência de terremotos, como o Japão, e já são realidade também no México e em nações andinas.
Em função do aquecimento global e do aumento na frequência de eventos climáticos, proteger obras finalizadas com seguros pode minizar os prejuízos financeiros provocados pelas ocorrências. “Quando acontece um incidente como esse no Rio Grande do Sul, além do Estado perder a arrecadação, a população ficar impactada e empobrecida; a atividade econômica do estado pára e o estado ainda tem que arrumar o orçamento para reconstruir”, pontua Dyogo Oliveira.
O seguro para obras em execução é obrigatório no Brasil, mas para estruturas prontas ainda não há nenhum contrato assinado. A inauguração desse modelo pode acontecer em 2025. "È possível que a gente até o próximo ano, a gente já tenha isso. A nossa intenção é chegar na próxima COP e poder anunciar essa novidade também no mercado brasileiro’, adianta.
Belo Horizonte, Recife e Salvador são as cidades piloto. O projeto deve ser subsidiado por um convênio com o Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW).