O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, durante passagem por Belo Horizonte, que os atos do dia 7 de Setembro serão uma demonstração da insatisfação de grande parte da população sobre decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro disse que é impossível comemorar a Independência do Brasil sem que as pessoas tenham liberdade. O ex-presidente criticou o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), por não dar seguimento aos pedidos de impeachment contra Moraes.
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“Não estamos comemorando nossa independência. É uma vergonha falar em independência onde o povo não tem liberdade. E se alguém achar que estou mentindo, que reclame no X. Cada vez mais perdemos nossa liberdade no Brasil. É uma pessoa autoritária que está aí, cresce o movimento do impeachment, mas não adianta contarmos no momento com o presidente do Senado (Rodrigo Pacheco). Uma pessoa que não está preocupada com o Brasil, mas só consigo próprio”, afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente comparou a sua situação política, inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a de oposicionistas na Venezuela e na Nicarágua.
“Fizeram uma covardia comigo, no estilo da Venezuela e Nicarágua, coisa de republiqueta. Não me tornaram inelegível por acharem dinheiro na cueca ou em malas ou desfalque em alguma estatal. Abuso de poder? O que eu ganhei me reunindo com embaixadores? Estou inelegível por causa disso? É uma coisa pessoal do senhor Alexandre de Moraes”, disse Bolsonaro.
“Não pode uma pessoa de um poder tripudiar em cima de todo mundo. Se ele resolver prender amanhã alguma pessoa, ele prende, sem dar satisfação nenhuma. Isso é democracia?”, questionou.
O ex-presidente participou de um ato em apoio ao deputado Bruno Engler, candidato do PL à Prefeitura de Belo Horizonte, na noite de quinta-feira (5). Antes, Bolsonaro fez campanha em Contagem e em Santa Luzia.