O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (28), durante cerimônia em Belo Horizonte, que não pretende fazer
O petista vem sendo cobrado nas últimas semanas por parlamentares, economistas e investidores sobre a necessidade de controlar os gastos públicos do país. No entanto, Lula disse que não pode cortar gastos com ações que melhoram a vida do povo mais pobre do país e sim cortando benefícios dos setores mais ricos.
“Quando alguém me pergunta: ‘Lula, não estão gastando demais? O salário mínimo já aumentou duas vezes’. Gente do céu, o mínimo já é o mínimo. Como é que eu posso discutir fazer ajuste fiscal em cima do mínimo do mínimo? Eu quero fazer ajuste fiscal é na rentabilidade dos banqueiros deste país, que ganham dinheiro especulando todo santo dia. Não vou mexer nas pessoas mais humildes, que precisam do Estado”, afirmou o presidente.
Em seu discurso, Lula fez críticas aos governos dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), citando que as duas gestões paralisaram programas sociais dos governos petistas.
“Desde que deram o golpe na presidente Dilma esse país parece um caminhão velho descendo ladeira abaixo, sem controle. Quantas casas foram feitas para o povo mais pobre? O direito de moradia está na Constituição do país. Eu encontrei esse país centenas e centenas de hospitais, UPAs, creches paralisadas. Eu encontrei 87 mil casas do Minha Casa Minha Vida paralisadas e abandonadas”, afirmou.
“Essa praga de gafanhoto que passou pelo país nos últimos tempos só veio para destruir e não construir coisa nenhuma”, disparou Lula no palanque do Minascentro.
O presidente veio a Minas Gerais para anunciar obras e investimentos no estado. Ele participou de evento em Contagem na quinta-feira (27) e nesta sexta-feira (28) participou de atos em BH e em Juiz de Fora.