A Câmara Municipal de Porto Alegre rejeitou um pedido de abertura de processo de impeachment contra o prefeito da cidade, Sebastião Melo (MDB). A solicitação foi arquivada pelos vereadores nessa quarta-feira (29), em sessão extraordinária. Na peça, apresentada a reboque dos temporais que atingiram a capital gaúcha e outras cidades do estado recentemente, Melo era acusado de “negligência no cuidado das estações de bombeamento e do sistema de drenagem urbana”.
O pedido de impeachment foi protocolado por Brunno Mattos da Silva, filiado ao PT em Porto Alegre. Dez parlamentares votaram favoravelmente à abertura do processo de impedimento. Houve 25 votos contrários.
Segundo Mattos, os problemas no bombeamento das águas causaram o “maior desastre ambiental e climático da história de Porto Alegre”.
“As falhas das estações e bombas alagaram bairros inteiros que não seriam alagados, uma vez que a cota de inundação máxima do sistema – 6 metros – não foi atingida e a água não passou por cima do muro da Mauá”, lê-se em trecho do pedido de impeachment.
Foi o primeiro pedido de impeachment contra Melo, que assumiu a Prefeitura de Porto Alegre em 2021. Ele poderá tentar a reeleição no pleito de outubro deste ano.
473 cidades afetadas
Segundo o mais recente balanço da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 473 das 497 cidades gaúchas foram atingidas pelas chuvas. Cento e sessenta e nove mortes foram confirmadas por causa dos temporais.
Mais de 2,3 milhões de pessoas foram afetadas pelo desastre natural. Mais de 47 mil cidadãos gaúchos foram