A equipe de advogados de Robinho recorreu novamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a revogação da prisão do jogador de futebol, detido há 14 dias para início do cumprimento da pena de 9 anos pelo estupro coletivo de uma mulher na Itália. Os defensores recorreram nesta terça-feira (2) da decisão do ministro Luiz Fux, que, no último 22 de março, rejeitou o pedido de liberdade para Robson de Souza. O novo recurso da equipe do jogador ainda será submetido à análise de Fux.
Atacante com passagens pela Seleção Brasileira, Robinho está preso desde o dia 21 na penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, em São Paulo. A Polícia Federal (PF) o prendeu em Santos, no litoral de São Paulo, em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela Justiça Federal de Santos.
No mês passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que Robinho deverá cumprir no Brasil a sentença de 9 anos de prisão pelo crime de estupro conferida a ele pela Justiça italiana. A Corte Especial do tribunal brasileiro atendeu a um pedido do Ministério Público de Milão e homologou a sentença da Itália. Entre os 11 ministros que votaram no julgamento, apenas dois se manifestaram contrários à homologação da sentença; os outros nove, entre eles o relator, ministro Francisco Falcão, defenderam a prisão de Robinho.
Ídolo do Santos, Robinho sofreu um longo processo na Justiça italiana, que o condenou em todas as instâncias a 9 anos de prisão por participação no estupro coletivo de uma mulher de 23 anos. O crime aconteceu em uma boate em Milão em 2013. Após a sentença, o MP de Milão chegou a solicitar a extradição de Robinho do Brasil para a Itália; entretanto, a legislação brasileira não permite a extradição de nacionais para cumprimento de penas em outros países. A alternativa encontrada pelo tribunal italiano foi pedir que o jogador cumpra a sentença em território brasileiro.
