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Invasão do MST em Lagoa Santa: decisão judicial limita acesso de famílias em fazenda

Decisão do TJMG estabeleceu regras para acampamento do MST em fazenda Aroeiras, em Lagoa Santa

Incêndio deixou nove mortos no Acampamento Terra e Liberdade, no Pará, nesse sábado (9)

Uma decisão da segunda instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) limitou o acesso de novas famílias do Movimento Sem Terra (MST) na fazenda Aroeiras, em Lagoa Santa, na Grande BH.

Os advogados do MST pediram ao tribunal a reversão da decisão para acabar com o cerco policial na fazenda e autorizar a entrada de novas famílias, mas a Justiça negou o pedido.

Segundo a decisão do desembargador Luiz Arthur Hilário, o MST fica proibido de levar novas famílias para o terreno invadido e fica proibido também de desmatar a área para plantios ou pastagens.

No dia 8 de março, cerca de 500 famílias do MST invadiram a fazenda em Lagoa Santa e montaram um acampamento no local. No sábado, dia 9, os proprietários entraram com um pedido de reintegração de posse, que foi negado pelo juiz que estava de plantão.

“O indeferimento da nossa liminar não significou o fim do caso. Foi um indeferimento temporário e parcial até que o juízo natural da causa, da 1ª Instância, desse a decisão. Antes de ele dar a liminar para a família reintegrar a posse, ele deu uma decisão agora limitando a ocupação: proíbe que entre novas famílias e, pelas questões ambientais, proíbe qualquer tipo de ampliação do acampamento. O acampamento será monitorado por drones, como está na decisão. Essa decisão é do desembargador confirmando e acrescentando os fundamentos favoráveis à família”, explicou o advogado dos proprietários, Jorge Pimenta.

A reportagem da Itatiaia entrou em contato com a assessoria do MST, mas ainda não houve retorno.

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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.