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‘Isso aqui não é uma democracia, é minha decisão’, disse Guimarães a executivos da Caixa

Ex-presidente do banco estatal deixou cargo após denúncias de assédio sexual e moral de funcionárias

Ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães

Mensagens de áudios do ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, mostram um jeito grosseiro e autoritário na relação com outros funcionários do banco estatal.

Em áudios divulgados nesta quinta-feira (30) pelo portal Metrópoles, Guimarães adota tom agressivo com diretores da empresa e faz ameaças a colegas que discordam de suas determinações.

“Sabe qual é a vontade? P.. eu acho que quem está torcendo para o Lula. De vocês se f.. Voltar a Caixa a ser estuprada por aqueles ladrões e vocês se fuderem.

Segundo relatos de funcionários ao Metrópoles, na mesma reunião com executivos do banco Guimarães pede que um funcionário anote o CPF de todos os subordinados que participavam da conferência para que fossem punidos com a perda de cargos, caso o teor da reunião vazasse.

Em outra gravação, o ex-presidente da Caixa se queixa de decisões tomadas sem seu aval e diz não se importar com a opinião dos subordinados.

“Não é aceitável. E, de novo, caguei para a opinião de vocês, porque eu que mando. Não estou perguntando. Isso aqui não é uma democracia, é a minha decisão”, afirmou.

Renúncia

Pedro Guimarães renunciou ao cargo na quarta-feira (29), em meio a um escândalo que envolve uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) por assédio sexual contra funcionárias da empresa.

Guimarães se manifestou por meio de uma carta em que diz ter sido, junto com sua esposa e filhos, atingido “por diversas acusações feitas antes que se possa contrapor um mínimo de argumentos de defesa”. Ele classifica a situação como “cruel, injusta e desigual” e que será “corrigida na hora certa com a força da verdade”.

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