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Lula classifica ataque de Israel em Gaza como ‘carnificina’ e critica indiferença da comunidade internacional

O presidente repetiu apelo pelo ‘fim imediato do genocídio’ na Faixa de Gaza durante discurso na abertura da Cúpula da Celac

O presidente Lula criticou a ‘indiferença da comunidade internacional’ diante da mortandade na Faixa de Gaza

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tornou a repetir o apelo pelo fim imediato dos ataques de Israel contra civis na Faixa de Gaza e classificou como ‘carnificina’ as mortes de mais de 30 mil pessoas no território palestino desde o início da ofensiva israelense em outubro do ano passado.

“A tragédia humanitária em Gaza requer de todos nós a capacidade de dizer um ‘basta’ para a punição coletiva que o governo de Israel impõe ao povo palestino”, afirmou o petista. “Nossa dignidade e humanidade estão em jogo. É preciso parar a carnificina em nome da sobrevivência da humanidade”, acrescentou o presidente brasileiro durante discurso na abertura da 8ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em São Vicente e Granadinas.

O petista ainda criticou a ‘indiferença da comunidade internacional’ diante da mortandade na Faixa de Gaza e citou o ataque de soldados israelenses contra palestinos durante a entrega de ajuda humanitária no Norte do território. Diante do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que participa do encontro, Lula propôs uma moção da Celac ‘pelo fim imediato do genocídio’. “O secretário-geral pode invocar o artigo 99 da carta da ONU para levar à atenção do Conselho de Segurança a ameaça a paz. Faço também um apelo ao governo japonês para pautar esse tema com toda urgência e quero pedir aos cinco membros permanentes que deixem de lado suas diferenças e ponham fim à matança”, declarou Lula.

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O artigo 99 citado pelo presidente brasileiro prevê que o secretário-geral chame a atenção do Conselho para qualquer assunto que ameace a manutenção da paz. O apelo dirigido ao Japão justifica-se pelo fato de que o país assume nesta sexta-feira (1°) a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU.

Membro permanente do conselho, os Estados Unidos vetaram três vezes, desde o início do conflito, uma proposta de resolução sobre a guerra entre Israel e Hamas. Na última ocorrência, em 20 de fevereiro, o país vetou a exigência de um cessar-fogo humanitário imediato.

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Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.