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STF rejeita ação de filha de Cunha por projeto que blinda políticos investigados

A ação movida pela deputada Dani Cunha (União-RJ) visa acelerar a tramitação do projeto de lei que pode criminalizar a “discriminação” contra políticos por bancos e instituições financeiras

A deputada federal Dani Cunha (União-RJ)

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou a ação movida pela deputada Dani Cunha (União-RJ) para acelerar a tramitação do projeto de lei que pode criminalizar a “discriminação” contra políticos por bancos e instituições financeiras. A parlamentar é filha de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara. A proposta já foi aprovada pela Casa. O texto, no entanto, está travado no Senado desde junho de 2023.

A ministra destacou que, no ordenamento jurídico vigente, inexiste norma que estabeleça prazo para o presidente do Senado dar seguimento à tramitação de um projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados. Segundo ela, “não há nos documentos colacionados aos autos elementos que comprovem o alegado abuso de poder do Presidente do Senado Federal na espécie.”

“O momento para encaminhar-se matéria às comissões parlamentares sujeita-se a juízo de conveniência e oportunidade exercido legítima e discricionariamente pela autoridade coatora. A alegada obrigatoriedade do Presidente do Senado Federal de imediatamente praticar os ‘atos meramente ordinatórios necessários formalmente para o andamento da matéria no âmbito do Senado Federal’ não se afirma direito da impetrante, menos ainda considerado líquido e certo”, disse a ministra da Corte.

O PL 2.720/2023 tipifica crimes de discriminação contra “pessoas expostas politicamente, contra pessoas que estejam respondendo a investigação preliminar, a termo circunstanciado, a inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa ou contra pessoas que figurem como parte ré de processo judicial em curso”.

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É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.
Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia na capital federal.