A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto Nazista movimenta oposição no Congresso Nacional desde domingo (18), e, até a manhã de segunda-feira (19), 66 parlamentares assinam o pedido de impeachment do petista por crime de responsabilidade. A oposição quer aumentar o número antes de protocolá-lo na mesa diretora da Câmara dos Deputados.
O movimento é liderado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), e reúne principalmente parlamentares ligados à sigla. Entre eles estão Carlos Jordy (PL-RJ), Bia Kicis (PL-DF), Nikolas Ferreira (PL-MG), Delegado Ramagem (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Na contramão, governistas têm manifestado apoio a Lula. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), classificou como “piada” o pedido de impeachment contra o petista. Erika Hilton (Psol-SP) também declarou apoio ao presidente. “Lula está correto em seu posicionamento sobre a situação da Palestina”, escreveu nas redes sociais.
Neste primeiro dia de trabalho após o recesso prolongado pelo feriado de Carnaval, a Câmara dos Deputados deve ser pautada pelo mal-estar diplomático provocado pelo presidente Lula. Nesse domingo (18), durante agenda na Etiópia, o petista tornou a criticar as ofensivas israelenses na Faixa de Gaza e comparou o ataque ao massacre de judeus na Alemanha Nazista. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou.
A declaração gerou uma crise diplomática entre Brasil e Israel. Nesta segunda-feira, o governo israelense considerou o presidente brasileiro como persona non grata, ou seja, alguém indesejável no país, até que peça desculpas.
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