Os agentes da PF estiveram no endereço ligado ao ex-presidente justamente para cumprir a ordem de Moraes, no entanto, o documento não estava em posse de Bolsonaro. A defesa do ex-presidente, feita pelo advogado Fabio Wajngarten, comunicou que o documento requerido pela PF está na casa de Bolsonaro em Brasília e que um ajudante será incubindo de recolher o passaporte e o entregar as autoridades.
Além do ex-presidente, outros aliados importantes também foram alvo da operação que apura a suposta tentativa de golpe nas eleições de 2022. Além de Bolsonaro, os alvos são:
- Valdemar Costa Neto (presidente do Partido Liberal - PL)
- General Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional - GSI)
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
- Marcelo Câmara (ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro)
- Filipe Martins (ex-assessor de Jair Bolsonaro)
- General Walter Braga Netto (candidato a vice de Jair Bolsonaro em 2022)
- Almir Garnier Santos (ex-comandante-geral da Marinha)
- General Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira (ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército)
- Tércio Arnaud Thomaz (ex-assessor de Bolsonaro)
Os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal e são cumpridos nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
Ao todo, segundo a PF, estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.
O que está sendo investigado:
Segundo a apuração feita pela Polícia Federal, o grupo composto por aliados do ex-presidente Bolsonaro agiu em conluiu em dois diferentes eixos para tentar anular as eleições presidenciais de 2022.
Em uma primeira frente, a Polícia Federal identificou que aliados do ex-presidente construiram e propagaram uma versão fraudulenta sobre as eleições. Essas teorias foram disseminadas na internet e apontavam uma versão falaciosa sobre vulnerabilidades nas urnas eletrônicas - discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022, segundo a PF.
Em um segundo momento, esses aliados atuaram para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.
(Aguarde mais informações)
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