O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, afirmou neste sábado (13) que as declarações elogiosas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicadas na íntegra por O Diário, do interior de São Paulo, foram retiradas de contexto. “Estão me atacando usando uma fala minha sobre o Lula que está fora de contexto. A esses, deixo um recado: quem não tem fidelidade, tem vida curta na política”, escreveu em uma rede social. “Sou leal a Bolsonaro e fiel a meus princípios. Quem me conhece sabe que minha palavra não faz curva”, acrescentou.
Estão me atacando usando uma fala minha sobre o Lula que está fora de contexto.
— Valdemar Costa Neto (@CostaNetoPL) January 13, 2024
A esses, deixo um recado:
Quem não tem lealdade e fidelidade, tem vida curta na política.
Sou leal ao Bolsonaro e fiel aos meus princípios. Quem me conhece sabe que minha palavra não faz curva.…
Valdemar preside a sigla à qual Jair Bolsonaro é filiado, e, na entrevista que viralizou nas redes sociais, avaliou as diferenças entre os perfis políticos do atual presidente do país e de seu antecessor. “Eles [Lula e Bolsonaro] são completamente diferentes. Primeiro porque o Lula tem muito prestígio, não tem o carisma que o Bolsonaro tem. O Lula tem prestígio, popularidade e é conhecido por todos os brasileiros. O Bolsonaro, não, tem um mandato só”, ponderou.
Com longo currículo político, Valdemar da Costa Neto participou indiretamente do primeiro mandato de Lula quando o mineiro José Alencar, filiado ao PL, ocupou a vice-presidência do petista. Na entrevista a O Diário, Valdemar garantiu que Lula não é político de esquerda, mas, assumiu a posição após os abusos cometidos, segundo ele, por Sergio Moro no âmbito da Lava Jato.
“O Lula disse que conseguiu pôr no Supremo um comunista. O Lula está machucado por tudo o que aconteceu com ele, e, com razão, o cara fica machucado. Foram 500 dias de prisão. Se ele errou em alguma coisa, precisava ser julgado e condenado na lei. O Moro errou e superou os limites da lei”, afirmou. “Ninguém imaginava que o Moro queria ser presidente da República. Agora o pessoal já esqueceu, mas, ele foi candidato à presidência, viu que daria errado e saiu. Ele fez tudo aquilo [com Lula] pensando em ser presidente da República. Ultrapassou os limites da lei”, acrescentou.
O presidente do PL ponderou ainda que Moro, hoje senador da República, sofrerá as consequências dos erros cometidos. “Ele vai pagar caro. Já está pagando. Vai ser cassado. E eu não desejo mal para ele, não, só que ele acabou com todas as grandes empresas do país, ele tinha que ter colocado o dono na cadeia, mas não acabar com a empresa”, concluiu.