Vinte e quatro horas após ser exonerado, o número 3 do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Diego Galdino de Araújo, retorna ao cargo de secretário-adjunto da Secretaria-Executiva de Ricardo Cappelli. Em portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (12), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, tornou sem efeito a exoneração de Galdino de Araújo — ou seja, cancelou a demissão do secretário.
A mudança feita nessa quinta-feira (11) na secretaria-adjunta do Ministério da Justiça ocorreu em meio às especulações sobre um possível pedido de demissão de Ricardo Cappelli, que deve deixar o ministério em fevereiro com a conclusão da transição do comando de Flávio Dino para Ricardo Lewandowski. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) para o lugar de Dino, que, em 22 de fevereiro, tomará posse na Corte, onde herdará a cadeira da ministra Rosa Weber, aposentada em setembro.
Procurado, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que Galdino havia solicitado a exoneração em função da troca de comando, uma vez que não iria permanecer no cargo. No entanto, em função das férias de Capelli, Galdino precisou ser novamente contratado para não deixar o Ministério sem a figura de um secretário-executivo. Ao final do período de transição entre a equipe de Dino e a de Lewandowski, Galdino deixa o cargo novamente.
Quem também fica até a nomeação do novo ministro é Ricardo Cappelli, que estará de férias, mas poderá contribuir com a mudança assim que voltar. Na quinta-feira, ele se reuniu com o ainda ministro Flávio Dino e, após o encontro, indicou a permanência. “Não pedi demissão. Vou sair de férias com a minha família e voltar para colaborar com a transição no Ministério da Justiça e Segurança Pública”, escreveu em uma rede social.