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Governo federal destrói mais de R$ 1 bilhão em vacinas vencidas em 2023 — maior parte é de Covid-19

Até o início de novembro, mais de 7 milhões de frascos e ampolas. Ministério da Saúde divulgou dado por meio da Lei de Acesso à Informação. Itatiaia teve acesso ao documento

Estão na lista vacinas como a BCG (anti-tuberculose), DTP (difteria, tétano e pertussis) e hexavalente (difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, meningite por Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B), além daquelas específicas para doenças como febre amarela, cólera e raiva animal

O governo federal destruiu, até o início de novembro, mais de 7 milhões de frascos e ampolas de vacinas. No total, é uma perda de mais de R$ 1,037 bilhão em imunizantes — quase três vezes mais que o registrado em todo o ano passado (R$ 386 milhões). O principal motivo das destruições é a perda de validade. O maior descarte é relativo às vacinas de Covid-19. Somados, foram mais de 5,67 milhões de frascos perdidos e incinerados, avaliados em R$ 1 bilhão.

Também estão na lista vacinas como a BCG (anti-tuberculose), DTP (difteria, tétano e pertussis) e hexavalente (difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, meningite por Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B), além daquelas específicas para doenças como febre amarela, cólera e raiva animal.

Os dados constam de um levantamento do Ministério da Saúde disponibilizado por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). A Itatiaia teve acesso ao documento.

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De janeiro a novembro deste ano, 7 milhões e 38 mil frascos e ampolas, de 132 lotes diferentes, foram incinerados. O valor total das vacinas foi avaliado em R$ 1.037.815.622,06.

Em 2022, contabilizando todo o período, foram destruídos 3.732.382 frascos e ampolas de vacinas. Valor total de R$ 386.874.107. Em 2021, foram descartados 1.579.381 frascos, somando R$ 88.156.847,32.

Já em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, o Ministério da Saúde incinerou 4.134.097 de frascos, equivalente a R$ 22.066.893,29.

Veja, abaixo, os detalhes das vacinas incineradas em 2023 (até novembro);

  • Sars-COV2 (Covid-19): 5.679.139 frascos, de 110 lotes (R$ 1,006 bilhão);
  • Tríplice (DTP): 555.889 frascos, de seis lotes (R$ 6,58 milhões);
  • Febre amarela: 388.763 frascos, de sete lotes (R$ 7,98 milhões);
  • Raiva cultura celular: 256.754 frascos, de três lotes (R$ 11,33 milhões);
  • Dupla Adulto: 105.408 frascos, de quatro lotes (R$ 534 mil);
  • Varicela: 35 mil frascos, de um lote (R$ 3,08 milhões);
  • Raiva canina: 34.756 frascos, de quatro lotes (R$ 824 mil);
  • Tetra Viral: 14.985 frascos, de um lote (R$ 864,3 mil);
  • BCG intradérmico: 2.400 ampolas, de quatro lotes diferentes (R$ 43,4 mil);
  • Cólera: 1.943 frascos e ampolas, de um lote (R$ 19,9 mil).
É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.