Forças da centro-esquerda à esquerda que pretendem disputar a eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) no ano que vem têm adotado o discurso de união entre os partidos que orbitam nesse espectro político. Apesar disso, legendas como PT, PDT e Psol têm pré-candidatos próprios, que, neste momento, nutrem publicamente o desejo de encabeçar uma chapa. A equação pode ter, ainda, o prefeito Fuad Noman (PSD), que já disse f
Na semana passada, o PT promoveu um evento público em BH para reforçar
Bella, aliás, é uma das vozes a defender a construção de alianças. Ela promete dialogar com outras agremiações.
"É importante a gente tentar unificar ao máximo nossos projetos de cidade progressista. Nossa candidatura está confirmada. Acredito que Belo Horizonte, em 126 anos, nunca teve uma mulher prefeita — e há um apelo gigante para que isso aconteça. Temos um projeto importante, e queremos debater com todo mundo. Vamos dialogar com o PT, o PDT, o PSD e todos aqueles que estão no setor progressista da cidade”, diz, à Itatiaia.
Recentemente, a deputada chegou a se reunir com o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) — que, no ano passado, disputou o governo de Minas com os apoios de PT, PCdoB, PV e PSB, além do endosso informal da Rede Sustentabilidade. Nas redes sociais, a parlamentar descreveu Kalil como alguém com quem sempre teve “muitos diálogos e sintonia” a respeito de assuntos sobre BH.
“As outras candidaturas que existem não estão completamente confirmadas. Algumas estão se confirmando agora; outras, ainda estão lutando para se viabilizar. Acredito que, em março, vamos ter um cenário melhor de, quem, de fato, vai se confirmar candidato — para, daí, ver as costuras possíveis para a unificação de nossos pleitos. Agora é hora de a gente colocar nosso nome à disposição para uma construção coletiva”, aponta.
PT pode ter apenas BH no Sudeste
No PT, as definições podem levar em conta o fato de o partido já ter sinalizado apoio a candidatos de outros partidos em São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Em solo paulistano, o partido de Lula deve indicar o vice na chapa do deputado federal Guilherme Boulos, do Psol. No Rio, há a tendência de caminhada ao lado de Eduardo Paes (PSD), postulante à reeleição.
A tarefa de definir a estratégia eleitoral em cidades com mais de 100 mil habitantes cabe ao diretório nacional do PT. Nos últimos anos, a cúpula do partido chegou a recomendar composições em detrimento de candidaturas próprias. Foi em circunstância parecida, por exemplo, que, na eleição mineira de 2022 o partido apoiou Kalil e Alexandre Silveira, então candidato do PSD ao Senado.
“Não existe essa possibilidade em BH. A presidente (nacional) Gleisi Hoffmann já esteve aqui, quando definimos por unanimidade (a candidatura)”, afirmou Rogério Correia, na semana passada.
Duda cita ‘chamado’ popular
O PDT, embora faça parte da base aliada ao prefeito Fuad Noman na Câmara Municipal, estuda uma candidatura própria. A empreitada seria liderada por Duda Salabert,
“A população que me chamou, vou participar do processo eleitoral porque fui chamada. Acredito que ganhamos a confiança dos eleitores, porque a gente está sempre na luta em defesa de uma outra sociedade, que seja mais diversa e consciente. Isso é muito importante”, assinala.
Líder do governo Fuad na Câmara, o vereador pedetista Bruno Miranda diz que Duda “qualifica o debate” em áreas como o meio ambiente e a educação “A gente espera que isso reverbere em bons frutos para a nossa cidade”, projeta.
Silveira quer ser ‘ponte’ por ‘grupo progressista’ em BH
Ministro de Minas e Energia de Lula, Alexandre Silveira, do PSD mineiro, diz querer ser “articulador” do diálogo entre os integrantes do que chama de “grupo progressista” de Belo Horizonte. Essa foi, inclusive, a justificativa usada por ele
O cálculo para as costuras eleitorais em BH precisará levar em conta as federações partidárias. PT, PCdoB e PV, por exemplo, formam uma coalizão e precisarão, obrigatoriamente, andar juntos na eleição do ano que vem. Por isso, uma eventual candidatura de Rogério precisará do aval dos verdes e dos comunistas.
O mesmo acontece no caso do Psol de Bella Gonçalves. A legenda compõe uma federação com a Rede Sustentabilidade.
O espectro da centro-esquerda conta, ainda, com o PSB, cujo comando estadual passou recentemente para o deputado Noraldino Júnior. No meio do ano, Paulo Brant ex-vice-governador de Minas Gerais e filiado ao partido,