O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta sexta-feira (17) que espera da Petrobras uma redução nos preços dos combustíveis após a recente queda no valor do barril de petróleo no mercado internacional. “O último aumento da Petrobras vai completar 30 dias. O brent [cotação do petróleo] era US$ 92. Agora, o brent reduziu muito, está em torno de US$ 78 dólares. Então, eu já esperava uma manifestação da Petrobras para reduzir os preços”, disse à GloboNews.
O político mineiro reforçou que respeita a governança da Petrobras, mas, disse que é hora de ‘puxar a orelha’ da empresa ‘para que ela volte à mesa’. O ministro indicou que, com a redução do preço do barril, os valores cobrados sobre o diesel e a gasolina devem cair até R$ 0,12 e R$ 0,42, respectivamente.
Diante da ausência de uma manifestação da Petrobras pela redução dos preços, Silveira declarou ter procurado o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para cobrar a mudança nos valores. “Eu esperava uma manifestação da Petrobras no sentido de reduzir os preços. Em especial do óleo diesel, que impacta diretamente a inflação, porque o grande impulsionador da economia é o transporte”, afirmou.
Horário de verão
O ministro de Minas e Energia também disse nesta sexta-feira que o governo deve avaliar a retomada do horário de verão, extinto em 2019 por decreto do então presidente Jair Bolsonaro (PL). O horário de verão vigorou por três décadas no Brasil em onze estados; a medida prevê que os relógios sejam adiantados em uma hora e assim permaneçam ao longo de quatro meses, entre outubro e fevereiro. Os especialistas que apoiam o horário de verão sustentam que a medida colabora para economia de energia durante o verão, minimizando o risco de apagões.
“Tenho feitas reiteradas reuniões a fim de que, mesmo não tendo necessidade energética, se avalie, no governo, a possibilidade de estimular a economia, avaliando a possibilidade do horário de verão”, afirmou à GloboNews. Apesar de apoiar a retomada do debate sobre a medida, Alexandre Silveira argumentou que a discussão sobre o horário de verão não deve estar atrelada apenas à questão energética, e afirmou ser necessário considerar os hábitos da população.
“O horário de verão tem outras repercussões. Tenho me reunido com várias áreas da economia e, nesta semana, me reuni com a Abrasel [Associação Brasileira de Bares e Restaurantes], que demonstra dados que, no período do horário de verão, época de efetivo calor na maior parte do Brasil, há impulso econômico a alguns setores”, declarou. “Tenho defendido, junto ao MDIC [Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços] e à Economia, que possamos olhar a questão do horário de verão de forma mais holística e mais ampla”, ponderou.