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Flávio Dino participa de audiência na Câmara após ausências na Comissão de Segurança

Ministro da Justiça e Segurança Pública chegou à Câmara dos Deputados pouco antes de 10h desta quarta-feira (25)

Ministro Flávio Dino participa da audiência na Câmara dos Deputados ao lado do diretor-geral da Polícia Federal

Após ausências sucessivas nas sessões da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, participa de audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle nesta quarta-feira (25) ao lado do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. A ida de Dino à reunião é fruto de uma negociação com a presidente da comissão, Bia Kicis (PL-DF), e do líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE).

Em rápida passagem pelo corredor das comissões na Câmara, Dino avaliou a situação da crise da segurança pública no Rio de Janeiro e disse que se reunirá nesta tarde com o ministro da Defesa, José Múcio, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O encontro acontecerá no Palácio do Planalto, mas, Dino não confirmou se na reunião também será discutida uma possível divisão do Ministério da Justiça para criação de uma pasta dedicada à Segurança Pública.

“Esse é um debate com décadas. O Ministério da Justiça tem 201 anos. Nesses 201 anos, em 200 ele foi integrado e apenas em um ano houve essa separação. É um elemento de reflexão, minha posição técnica é bastante conhecida. O presidente Lula não tocou nesse assunto ainda, mas, na minha ótica, não é prioridade no momento”, afirmou Dino antes do início da sessão.

No início da sessão, a presidente Bia Kicis agradeceu a presença do ministro e declarou que Flávio Dino ‘prontamente se prontificou’ a comparecer à audiência. Ela pediu ainda que fossem evitados xingamentos e ofensas. A presença de parlamentares de oposição aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é majoritária na reunião desta quarta-feira. O pedido de um encontro pacífico não foi suficiente, e na primeira intervenção, que coube ao deputado Junio Amaral (PL-MG), houve confusão.

Em resposta ao parlamentar, que o questionou sobre a ausência na Comissão de Segurança Pública, Dino declarou que se sentia ameaçado. “As razões pelas quais eu não compareci estão escritas e entregues ao presidente da Casa. Se o senhor é policial, como acredito que seja, sabe que nenhum réu é obrigado a comparecer para prestar depoimento. Eu não sou e nunca fui réu. Se há justificativa, preciso enviá-la ao presidente Arthur Lira”, disse. “O senhor diz que é policial, então, gostaria que soubesse que quem recomendou que eu não viesse foram um tenente-coronel da Polícia Militar e um policial federal que avaliaram a situação de risco”, concluiu.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.