O deputado Danilo Forte (União-CE), relator do projeto do orçamento federal para 2024, avaliou nesta sexta-feira (20), durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que o espaço no orçamento para garantir recursos para obras públicas no próximo ano está cada vez mais apertado e com poucas verbas disponíveis.
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“As atividades fins do governo federal sobra muito pouco, na parte de investimentos, com obras e ações de empreendedorismo, sobra muito pouco, menos de 5% no orçamento está livre para investimentos. Um país com tantas carências e necessidades, que precisa de investimentos, dependerá da retomada da economia”, afirmou o deputado.
O relator do orçamento afirmou que a expectativa para 2024 é de um orçamento total da ordem de R$ 5 trilhões, dos quais quase 70% estão comprometidos com o pagamento da dívida (43,3%) e da previdência social (20,7%). Para atividades fins, o deputado destacou que sobra pouco: menos de 3% para a educação e menos de 3,5% para a saúde. Para obras e investimentos, menos de 5%.
Demandas de Minas
O senador Carlos Viana (Podemos) alertou que, apesar de várias obras para Minas Gerais terem sido listadas no PAC 3 pelo governo federal, a realidade é que os recursos para as obras não estão garantidos no orçamento.
“Existe um governo de mídia, de divulgação de projetos, de intenções e existe o governo verdadeiro, que é o do orçamento. E nossa realidade orçamentária é muito preocupante. O Brasil tem um déficit hoje de R$ 140 bilhões. E pode subir até R$ 170 bilhões se não tiver uma melhora da economia ou entrada de recursos, que o atual governo quer fazer por aumento de impostos. Nós não concordamos, o brasileiro já paga imposto demais”