Comissões da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) se preparam para cobrar informações das empresas ligadas ao soterramento que matou quatro trabalhadores em Belo Horizonte, nesta terça-feira (17). O acidente aconteceu
Segundo a deputada estadual Andréia de Jesus (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, há, em curso, articulações para uma audiência pública sobre a precarização do trabalho na quinta-feira (20). O encontro é organizado pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia. A ideia é aproveitar a reunião para colher informações dos responsáveis pela obra.
“Neste momento, o que é mais grave é que são quatro pessoas (mortas). Costumo dizer que a carne mais barata do mercado é a carne negra. Estamos falando de trabalhadores que foram enterrados vivos e não vão voltar para as suas casas”, disse a deputada.
Andréia afirmou, ainda, que acidentes do tipo são “previsíveis”. De acordo com a petista, as quatro mortes poderiam ter sido evitadas.
“Estamos falando de responsabilizar pessoas que sabiam que aquilo podia acontecer”, pontuou.
As quatro vítimas do soterramento
Segundo a prefeitura, a obra
O que dizem os envolvidos?
Em nota, a rede de supermercado Verdemar diz lamentar profundamente o ocorrido.
“Estamos acompanhando de perto para garantir, juntamente com a Construtora Kaeng, responsável pela obra, toda a assistência às vítimas, aos atendimentos em andamento no local e aos familiares de todos. A obra contava com profissionais técnicos e com todos os alvarás e licenças, indicando se tratar de uma fatalidade. As autoridades estão no local para apurar as causas”, lê-se no comunicado.
A Construtora Kaeng, por sua vez, disse trabalhar para garantir “toda a assistência às vítimas e a seus familiares”.
“Informamos, também, que a obra contava com profissionais técnicos e com todos os alvarás e licenças em ordem! Isto significa que se trata de uma fatalidade. As autoridades competentes estão no local para a apuração das causas”, aponta texto assinado pelo advogado Ricardo Luiz Tavares Victor.