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Rodrigo Pacheco: “Cabe ao legislativo a definição das leis.”

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), participou neste sábado (14) do Fórum Esfera, em Paris, em um painel que contou com as presenças de ministro do STF e presidente do TCU

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou neste sábado (14) que não há guerra entre os poderes Legislativo e Judiciário, e descartou a possibilidade de retaliação ao Supremo Tribunal Federal. Durante participação no Fórum Esfera, em Paris, Pacheco afirmou que o país vive uma crise de credibilidade das instituições públicas, e garantiu que as discussões no Congresso para aumentar idade mínima de ingresso ao Supremo, a disciplina em relação às decisões monocráticas e a fixação de mandato dos ministros do STF, têm o objetivo de aprimorar o poder Judiciário.”Todas essas ideias têm o condão para que haja na sociedade brasileira um reconhecimento ao Poder Judiciário pelo valor verdadeiro que ele tem”, garantiu.

O discurso foi feito neste sábado (14) em um painel que contou com as presenças do decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, e do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, que é um dos nomes cotados para a vaga aberta no STF com a aposentadoria da ex-ministra Rosa Weber. “Me incomoda muito a crise de identidade que há para política e a crise que existe sobre a legitimidade das decisões judiciais. Hoje todo mundo se arvora para ser jurista de botequim para poder criticar decisões do Supremo e de outras instâncias do Judiciário”, disparou Pacheco.

O presidente do Senado enfatizou que cabe ao Congresso Nacional a definição das leis do país, trazendo para o legislativo a atribuição de discutir temas sensíveis e definir as regras constitucionais. “Não há, de nossa parte, nenhum tipo de perspectiva de retaliação ou de enfrentamento ou de guerra com o Supremo Tribunal Federal”, garantiu Pacheco.

Ainda em seu discurso, Pacheco defendeu a pacificação do país e lembrou dos recentes episódios de prisão de ex-presidentes da República. “A pacificação a partir da lógica de que o Brasil enfrentou, nos últimos 10 anos, inúmeras turbulências e crises das mais diversas, de impeachment de presidente da República, à cassação de presidente da Câmara dos Deputados passando por prisão de ex-presidentes da República, uma constante criminalização da política. E, naturalmente, vive uma crise de credibilidade das instituições públicas. A partir deste diagnóstico, temos que buscar um caminho que seja de afirmação de autoridade dos poderes constituídos”, concluiu.

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.