Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que R$ 1,97 bi foram pagos pelo governo de Jair Bolsonaro indevidamente por meio dos auxílios taxista e caminhoneiro. O estudo realizado também indicou falhas na concessão de empréstimos consignados do Auxílio Brasil.
A auditoria constatou que 93% dos contratos de empréstimo foram liberados no período entre o primeiro e o segundo turno das eleições de 2022.
Para o controlador-geral da União, Vinícius de Carvalho, teria havido uso “deturpado” dos programas sociais pela gestão bolsonarista, já que os auxílios começaram a ser pagos a partir de agosto de 2022 - a pouco mais de um mês das eleições.
A CGU afirmou também que 3,7 milhões de pessoas foram impactadas diretamente pelos benefícios. O orgão anunciou que fará uma análise sobre responsabilização e não descarta eventuais ressarcimentos de valores recebidos indevidamente.
O estudo também mostrou que a Caixa teria descontado R$ 8,4 milhões de forma indevida de 46,8 mil famílias beneficiárias do Auxílio Brasil. Os valores teriam sido descontados sem que as famílias tivessem contratado empréstimo consignado.