A relatora da CPMI dos Atos Antidemocráticos, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) anunciou que irá pedir o compartilhamento das informações obtidas pela Polícia Federal no âmbito do acordo de delação firmado com o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, que era ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. O oficial do Exército deixou a prisão no último sábado, após o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes converter a prisão preventiva em medidas cautelares.
A relatora da CPMI defendeu uma nova oitiva com Mauro Cid. “Isso não impede que ele seja ouvido e traga as informações à comissão. As diligências, pelo que sei, já foram realizadas (Pela Polícia Federal). As provas que ele deve apresentar, certamente apresentou, caso contrário, a deleção não seria homologada. Acho que não há prejuízo dele conversar conosco e trazer as informações que serão pertinentes aos trabalhos da comissão”, pontuou a senadora.
A relatora da CPMI anunciou que irá se reunir ainda nesta terça-feira (12) com a cúpula do colegiado para definir os próximos depoimentos. A senadora Eliziane Gama revelou que o pai de Mauro Cid e outros generais do Exército estão na mira da CPMI. “Acho importante a vinda de alguns generais, tais como o general Augusto Heleno (ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional), temos no entorno de Mauro Cid o pai dele, o general Mauro Lourena Cid. Acho pertinente vinda dele, caso a gente não consiga informações mais claras sobre Mauro Cid”, ponderou a relatora, que também defendeu a convocação do general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto. A previsão é a de que o relatório da CPMI seja apresentado no dia 17 de outubro.