O Brasil avalia a abertura de um consulado-geral em Luanda, capital de Angola, segundo antecipou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à imprensa durante viagem oficial à África neste sábado (26). O petista encerra a passagem pela Angola em cerimônia marcada para 16h e seguirá para São Tomé e Príncipe, onde participa da Cúpula dos Países de Língua Portuguesa no domingo (27) antes de retornar a Brasília.
À imprensa, Lula alfinetou os governos dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) e defendeu que o Brasil retome o diálogo com os países africanos. “De repente, isso [relações do Brasil com os países estrangeiros] tudo terminou e nós estamos recomeçando a reconstruir a relação do Brasil com o mundo. E nós não temos preferência para conversar. Vamos conversar com quem achamos que precisamos conversar”, afirmou.
Lula também avaliou o encontro dos países na Cúpula dos Brics, na África do Sul, no início do ano e aproveitou para criticar a atuação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O presidente pediu que haja representação da África, da Ásia e da América Latina no grupo e tornou a defender a entrada do Brasil.
“Falava com todo mundo sobre a necessidade de reformulação do Conselho de Segurança da ONU. A ONU não representa mais aquilo para o qual ela foi criada. A ONU de 2023 está longe de ter a credibilidade da ONU de 1945", afirmou. “Quem faz a guerra são os países do Conselho de Segurança. Quem constrói armas são os países do Conselho de Segurança. Quem vende armas são os países do Conselho de Segurança. Está errado”, acrescentou, reforçando ainda haver necessidade de ‘representação geográfica’ no grupo.
