O vereador Wilsinho da Tabu (PP) é acusado de agredir a coordenadora da Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) do bairro Sagrada Família na noite desta quinta-feira (24) durante a apresentação do Coral de Cegos que ocorria no local. A Itatiaia teve acesso ao boletim de ocorrência do caso, no qual o porteiro da escola disse ter testemunhado a agressão, o que o vereador e um fotógrafo que é seu assessor negam ter ocorrido.
A confusão começou porque o fotógrafo de Wilsinho da Tabu estava tirando fotos do evento. Ele foi abordado pela diretora da escola, que disse que ele não poderia fazer as fotografias ou filmar o local porque a escola não tinha autorização dos pais para utilizar as imagens das crianças.
Segundo a diretora, neste momento Wilsinho da Tabu passou a destratá-la e teria dito que ela só estava no cargo graças a ele. “Você não sabe com quem está falando, vou acabar com a sua vida”, teria dito o vereador, ainda de acordo com a diretora.
Diante da confusão, a coordenadora da escola se aproximou disse que tentou apartar a discussão quando foi “agredida com um murro no ombro esquerdo” pelo vereador, conforme ela disse aos policiais que fizeram o boletim de ocorrência.
Outro lado
Procurado pela Itatiaia, Wilsinho da Tabu disse que está na delegacia aguardando o encerramento da ocorrência. “Meu assessor e eu fomos hostilizados, mal tratados, pela diretora e pelo porteiro, com a firme intenção de nos agredir na tentativa de nos intimidar e colocar para fora da EMEI. Tanto a diretora e o porteiro foram contidos por funcionários da escola mesmo assim o porteiro, que tentou me agredir insistiu em ser agressivo e rude fazendo gestos obscenos em nossa direção. Assim, chamamos a PM e mesmo com a chegada da PM a diretora continuou com atitude agressiva, mantendo se exaltada. Neste momento estou na delegacia lavrando a ocorrência”, disse ele em mensagem enviada à reportagem.
À polícia, o vereador negou a agressão e disse que entrou na escola para acompanhar a apresentação, “no exercício de suas funções públicas de vereador”. Em determinado momento, ele notou que a diretora da escola estaria agindo de forma ríspida contra o fotógrafo e que o porteiro da escola teria colocado o dedo na sua cara e feito “atos obscenos”.
Já o fotógrafo contou aos policiais que foi interpelado de maneira “desrespeitosa e ríspida” pela diretora da escola, quando foi informado de que não poderia tirar fotos das crianças, apenas do coral. Ainda de acordo com ele, não houve agressão, mas um “empurrão para tirar a mão do porteiro das proximidades do rosto do vereador”.