A Prefeitura de Belo Horizonte divulgou, nesta terça-feira (22), um balanço sobre os serviços prestados pelas empresas de ônibus e cortou pouco mais de R$ 1 milhão do repasse destinado ao subsídio para as concessionárias. O levantamento diz respeito ao período que vai de 1º a 10 de agosto. De acordo com o Executivo municipal, as companhias descumpriram “itens de qualidade” previstos em lei, como pontualidade das viagens e a qualidade dos veículos.
Neste período, conforme o contrato, a prefeitura deveria repassar R$ 15 milhões às empresas — como parte do subsídio de R$ 512 milhões aprovado pela Câmara Municipal — mas R$ 13,9 milhões foram, efetivamente, pagos às concessionárias.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) pediu urgência na implantação de mais faixas exclusivas para ônibus na capital mineira. “O SetraBH ressalta novamente que em um universo com mais de 23.000 viagens realizadas por dia, o sistema continua sofrendo com a falta de prioridade nas principais vias da cidade - o que torna inevitável o atraso de algumas destas viagens, principalmente nos horários de pico”, disse a entidade.
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A prefeitura alegou, por exemplo, que o contrato previa 4,2 milhões de quilômetros rodados durante o período, mas o balanço mostra que a produção quilométrica nos 10 primeiros dias do mês foi de 4 milhões de quilômetros — ou seja, 93,6% do total. No caso do transporte suplementar, esse percentual foi ainda menor: 87,3% das viagens programadas.
Ainda de acordo com a PBH, entre 1º e 10 de agosto, 2.019 veículos foram vistoriados e 22 autorizações de tráfego (ATs) foram recolhidas. Ao todo, foram feitas 832 autuações.
Reclamações de usuários
Segundo a prefeitura, nos 10 primeiros dias de agosto o canal de WhatsApp recebeu 509 reclamações dos usuários sobre o transporte público de Belo Horizonte. De acordo com o Executivo, as queixas orientaram as equipes de fiscalização. As reclamações podem ser oficializadas pelo PBH App, pelo WhatsApp no número (31) 98472-5715 e no site serviços.pbh.gov.br.
Íntegra da nota do SetraBH:
“O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) reitera que o novo regime de remuneração do sistema municipal de transporte coletivo é por quilômetro rodado.
Dessa forma as viagens validadas serão remuneradas e as viagens com atraso superior ao permitido não serão validadas e, portanto, não estão sujeitas a remuneração complementar.
O SetraBH ressalta novamente que em um universo com mais de 23.000 viagens realizadas por dia, o sistema continua sofrendo com a falta de prioridade nas principais vias da cidade - o que torna inevitável o atraso de algumas destas viagens, principalmente nos horários de pico.
O sindicato destaca que continua trabalhando continuamente por melhorias no atendimento e aguarda com URGÊNCIA a IMPLEMENTAÇÃO DAS FAIXAS EXCLUSIVAS.”
