O presidente da CPMI dos Atos Antidemocráticos, deputado Arthur Maia (UNIÃO-BA), disse não ver ligação entre as investigações da Polícia Federal sobre a venda de joias e artigos de luxo do Estado Brasileiro no exterior com os trabalhos da CPMI.
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O discurso foi feito após o deputado Duarte Júnior, do PSB do Maranhão, pedir a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL) para esclarecer a suposta venda das joias.
“Eu não consigo enxergar nexo de causalidade e relação com o que ocorreu no dia 8 de janeiro com presente, que, eventualmente, o ex-presidente teria recebido. Eu não vou entrar nisso porque não tem nada a ver com o 8 de janeiro. Eu sou uma pessoa muito ponderada. Não estou aqui para defender o ex-presidente Bolsonaro e o governo. Estou aqui para esclarecer ao povo brasileiro o que aconteceu no dia 8 de janeiro”, afirmou.
Arthur Maia também negou o pedido do líder do PL no Senado, Jorge Seiff, que protocolou pedido de busca e apreensão para obter imagens do Palácio da Justiça do dia 8 de janeiro.
“Eu lamento que as imagens tenha chegado a menor. Espero que o ministro Flávio Dino tome consciência do papel que representa como ministro de Estado, com a obrigação que ele tem de contribuir com os trabalhos da CPMI, e envie a totalidade das imagens”, cobrou.
“Não contem comigo para transformar essa CPMI em um palco, que tenha muito oba oba e pouco resultado”, enfatizou Arthur Maia.
O Supremo Tribunal Federal autorizou o compartilhamento das imagens do Palácio da Justiça, sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do dia 8 de janeiro, mas o ministro Flávio Dino só forneceu o conteúdo gravado por duas câmeras. A CPMI ouve nesta terça-feira (15), o depoimento do repórter fotográfico Adriano Machado, que estava no interior do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, e registrou o momento em que um vândalo abriu uma das portas do prédio com um chute.