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Eduardo Bolsonaro diz que tentativa de associar ex-presidente com venda de joias é ‘pífia’

Deputado e filho do ex-presidente Bolsonaro criticou denúncias sobre suposta venda de artigos de luxo do estado brasileiro no exterior

Deputado Eduardo Bolsonaro rebateu críticas ao ex-presidente sobre caso de joias

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) classificou como “pífia” a tentativa de associar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com a suposta venda de joias e artigos de luxo do estado brasileiro no exterior, e eventual associação com os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.

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O deputado, que é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que há uma tentativa da relatora da CPMI dos Atos Antidemocráticos, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), de manchar o nome do ex-presidente.

“O relatório já está feito, independentemente do que for dito aqui na CPMI. O que deixa claro que não se busca a verdade sobre o dia 8 de janeiro, se busca uma tentativa de enlamear o nome de Jair Bolsonaro. Aí se utiliza desse argumento pífio das joias ", pontuou o deputado.

“Eu falo pífio porque está tudo explicado. Inclusive, foram devolvidos os presentes que sequer tinham que ser devolvidos. O ex-presidente sempre abarcado por uma portaria editada em 2018 no governo do ex-presidente Temer”, detalhou.

O discurso foi feito após a relatora, senadora Eliziane Gama, defender a aprovação de requerimentos para a CPMI obter relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) sobre as movimentações bancárias do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michele Bolsonaro. “Esse seria o passo inicial, agora, para que a gente possa aprovar a apresentação dos relatórios do COAF. De posse dessas informações, poderemos evoluir para a quebra dos sigilos e decidir se haverá ou não essas convocações”, detalhou Eliziane Gama, ao ser questionada, em coletiva de imprensa, sobre a possibilidade de convocação do ex-presidente e da ex-primeira dama.

Sem ligação

O presidente da CPMI dos Atos Antidemocráticos, deputado Arthur Maia (UNIÃO-BA), disse não ver ligação entre as investigações da Polícia Federal sobre a venda de jóias e artigos de luxo do Estado Brasileiro no exterior com os trabalhos da CPMI.

“Eu não consigo enxergar nexo de causalidade e relação com o que ocorreu no dia 8 de janeiro com presente, que, eventualmente, o ex-presidente teria recebido. Eu não vou entrar nisso porque não tem nada a ver com o 8 de janeiro. Eu sou uma pessoa muito ponderada. Não estou aqui para defender o ex-presidente Bolsonaro e o governo. Estou aqui para esclarecer ao povo brasileiro o que aconteceu no dia 8 de janeiro”, concluiu.

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.