O ministro-chefe da Casa Civil e braço-direito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rui Costa (PT), depõe nesta quarta-feira (9) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga invasões do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) nos últimos sete meses. A oitiva começará às 14h no plenário da Câmara dos Deputados.
A expectativa é que o depoimento de Rui Costa seja marcado por discussões acaloradas entre parlamentares de oposição e governistas, que têm protagonizado fortes bate-bocas nas últimas sessões. Ainda na quarta-feira, o presidente da CPI do MST, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), pode pautar para votação o próprio requerimento que sugere a extensão do prazo dos trabalhos da comissão por mais 60 dias.
Convocação de Rui Costa aprovada em meio a polêmicas
A aprovação da convocação do ministro Rui Costa aconteceu na última terça-feira (1º) por 14 votos a 10, fruto de uma ofensiva da oposição contra o governo Lula e parlamentares da situação na Câmara dos Deputados. O pedido para obrigar o ministro a ir à CPI do MST é de autoria do relator da comissão, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP).
Vice-líder da maioria na Casa, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-SP) classificou a comissão como “CPI do Fim do Mundo”, criticou a convocação de Rui Costa e declarou não haver justificativa legal para obrigá-lo a comparecer à Câmara. “Não tem lógica que o ministro venha a uma CPI sem objeto. Virou a CPI do Fim do Mundo. É uma tragédia. Queremos que tenha minimamente legalidade nos atos dessa CPI, que nasceu para criminalizar um movimento social”, disse.
À contramão, Ricardo Salles indicou que obrigar o ministro Rui Costa a ir à CPI responder às perguntas dos parlamentares é explicável pelo fato da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estar sob o guarda-chuva da Casa Civil e deveria ter evitado as