Vice-presidente da República e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB) afirmou, neste domingo (6), que não tratou com o presidente Luiz Inácio da Lula da Silva (PT) sobre uma possível saída da pasta por conta da reforma ministerial, prevista para ocorrer na primeira quinzena deste mês.
Após cumprir agenda em Taubaté (SP), Alckmin afirmou que o cargo de ministro é de confiança do presidente e se colocou à disposição para dialogar. “Eu não tive com o presidente (Lula) nenhuma conversa a esse respeito. A última conversa que nós tivemos, no começo da última semana, foi sobre a indústria da Defesa. Mas vamos conversar. O cargo de ministro é de confiança do presidente da República. A minha disposição é para servir e ajudar o Brasil, e colaborar com o governo do presidente Lula”, afirmou o vice-presidente
Alckmin afastou rumores de ruído no governo por não ter participado da cerimônia de posse do ministro do Turismo, Celso Sabino, na última quinta-feira (3), no Palácio do Planalto. ”Teve um congresso médico universitário, com 3 mil estudantes, em São Paulo, no qual eu tinha me comprometido, no início do ano, a fazer a aula magna. Eu acho que o Brasil está vivendo um bom momento. O caminho é o diálogo. Ouvir bastante. Quando a gente ouve mais, erra menos”, avaliou.
Queda da taxa de juros
O vice-presidente da República festejou a queda da taxa Selic, que passou de 13,75% para 13,25%, após decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM). “Eu tô otimista. Não otimismo para acomodação mas, otimismo para se trabalhar mais. O juros em 13,25% ainda é alto, porque a inflação está em 3,1%, você tem um juro real de mais de 10%. O importante foi a linha de queda. Mais importante dos meio por cento que caiu, é a sinalização de que continuará caindo”, projetou.
Alckmin também defendeu a aprovação da reforma tributária, que já passou pela Câmara dos Deputados e começará a tramitar no Senado, com expectativa de votação para outubro. “A reforma tributária vai desonerar a indústria. Ela vai desonerar completamente a exportação e investimentos, além de simplificar, reduzir o custo Brasil”, defendeu.