A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira (3), em Santarém (PA), um fazendeiro que teria ameaçado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - que tem viagem marcada para a cidade nesta sexta-feira (4).
De acordo com a PF, que abriu um inquérito para investigar a suposta ameaça, ele teria dito, em uma loja ao comprar bebidas, que “daria um tiro na barriga” do presidente e perguntado se alguém sabia onde Lula se hospedaria no município.
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O caso foi revelado depois que uma das testemunhas denunciou o homem à Polícia Federal logo após o episódio.
Ao ser detido pelos policiais federais, o fazendeiro disse que participou da invasão ao prédio da Câmara dos Deputados no dia 8 de janeiro e confessou ter financiado um acampamento em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção em Santarém, onde bolsonaristas protestavam contra a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições. Ele disse que doou R$ 1 mil por dia para o acampamento e que ficou 60 dias no local.
Ainda segundo a Polícia Federal, um comprovante de compra e venda de um imóvel no nome dele, no valor de R$ 2,5 milhões foi localizado durante as diligências.
O homem pode responder, ao Judiciário, pelos crimes de ameaça e incitação ou preparo de atentado contra pessoa por motivos políticos.
O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), comentou sobre a prisão por meio de uma publicação em uma rede social.
“Isso não é ‘liberdade de expressão’ e a Polícia Federal seguirá aplicando a lei contra os criminosos”, afirmou.
