O ministro Fernando Haddad (PT) avaliou a
“O placar apertado é indício de que há realmente uma discussão técnica”, citou. “Trabalho há oito meses com o presidente do Banco Central e estou certo de que ele votou com todo o conhecimento de economia que domina. Ele é um voto técnico, equilibrado, e compreende a realidade do país. Estamos alinhados nessa decisão”, afirmou Haddad, citando o voto de Campos Neto, um dos decisivos para a redução no juros. O ministro disse, por fim, ter enviado uma mensagem ao presidente do Banco Central após a decisão do Copom e indicou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria informado nesta noite sobre os detalhes do relatório do Comitê.
Em relação à previsão para os próximos meses, o titular da Fazenda avaliou que a queda na Selic será importante para o avanço da economia no país. “Temos compromisso com a responsabilidade e o ajuste fiscais que estão sendo feitos no país. A inflação está controlada e a economia, os consumidores, as famílias e o mercado começam a se replanejar para um crescimento sustentável”, concluiu.
Redução de 0,5% na taxa de juros
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou na noite desta quarta-feira (2) redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, que agora passa a ser de 13,25% ao ano. É o primeiro corte da taxa de juros desde agosto de 2020.
A decisão também marca uma mudança na posição do Copom, que decidiu manter a Selic em 13,75% nas oito reuniões realizadas desde agosto de 2022. O encontro desta quarta-feira foi o primeiro que contou com a participação dos diretores Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, indicados pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ambos votaram, assim como o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por uma redução de 0,5 ponto percentual.
(Com Pedro Augusto Figueiredo)