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Haddad avalia placar apertado para redução na Selic, agradece Roberto Campos e se diz otimista

Copom aprovou redução de 0,5% na taxa Selic após reunião nesta quarta-feira (2); ministro Haddad comemorou decisão

Ministro Fernando Haddad

O ministro Fernando Haddad (PT) avaliou a redução de 0.5 pontos percentuais na taxa Selic decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) pelo placar de 5 a 4 após reuniões do Banco Central (BC) entre essa terça-feira (1º) e a quarta-feira. Na saída do Ministério da Fazenda, Haddad classificou como normal a votação apertada e agradeceu o apoio do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, alvo de forte pressão do governo Lula (PT) nos últimos meses para redução da taxa básica de juros.

“O placar apertado é indício de que há realmente uma discussão técnica”, citou. “Trabalho há oito meses com o presidente do Banco Central e estou certo de que ele votou com todo o conhecimento de economia que domina. Ele é um voto técnico, equilibrado, e compreende a realidade do país. Estamos alinhados nessa decisão”, afirmou Haddad, citando o voto de Campos Neto, um dos decisivos para a redução no juros. O ministro disse, por fim, ter enviado uma mensagem ao presidente do Banco Central após a decisão do Copom e indicou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria informado nesta noite sobre os detalhes do relatório do Comitê.

Em relação à previsão para os próximos meses, o titular da Fazenda avaliou que a queda na Selic será importante para o avanço da economia no país. “Temos compromisso com a responsabilidade e o ajuste fiscais que estão sendo feitos no país. A inflação está controlada e a economia, os consumidores, as famílias e o mercado começam a se replanejar para um crescimento sustentável”, concluiu.

Redução de 0,5% na taxa de juros

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou na noite desta quarta-feira (2) redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, que agora passa a ser de 13,25% ao ano. É o primeiro corte da taxa de juros desde agosto de 2020.

A decisão também marca uma mudança na posição do Copom, que decidiu manter a Selic em 13,75% nas oito reuniões realizadas desde agosto de 2022. O encontro desta quarta-feira foi o primeiro que contou com a participação dos diretores Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, indicados pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ambos votaram, assim como o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por uma redução de 0,5 ponto percentual.

(Com Pedro Augusto Figueiredo)

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.