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Tebet decide cortar R$ 2,6 bilhões do orçamento da Fazenda; saiba o porquê

Ministra do Planejamento e Orçamento afirmou que corte foi necessário para não serem retirados recursos necessários para manutenção de políticas públicas

Ministra Simone Tebet (MDB) comunicou cortes na Fazenda ao ministro Fernando Haddad (PT) nesta quinta-feira

O Governo Federal irá cortará 36% dos repasses previstos para o Ministério da Fazenda, segundo afirmou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), nesta quinta-feira (27), antes de reunião com o ministro Fernando Haddad (PT), hoje à frente da pasta que será prejudicada. A parlamentar também indicou que cortará o mesmo valor — algo em torno de R$ 2,6 bilhões — do próprio ministério. De acordo com Tebet, os cortes são necessários para manutenção de políticas públicas.

“Vim em uma missão árdua: tentar mostrar para o ministro Haddad que tivemos que fazer um corte no ministério dele de R$ 2,6 bilhões”, declarou. “Para podermos, nesse cobertor curto, destinar o máximo possível de recursos para políticas públicas, para projetos de investimentos, para as ações e programas dos ministérios finalísticos”, acrescentou.

A ministra atribuiu os cortes nas despesas não-obrigatórias das duas pastas às mudanças aprovadas pelo Congresso Nacional no arcabouço fiscal.

Agenda intensa. A ministra Simone Tebet (MDB) acordou nesta quinta-feira (27) com a notícia da nomeação do economista Márcio Pochmann para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não tendo concedido o aval à indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nessa quarta-feira (26), antes da nomeação, Tebet concedeu uma entrevista à jornalista Miriam Leitão e declarou que não estava discutindo sobre a presidência do IBGE com Lula; à ocasião ela também declarou que desconhecia Pochmann. O instituto está sob o guarda-chuva do Planejamento e Orçamento e causa estranhamento a ausência de validação da escolha pela chefe da pasta.

Antes da reunião com Haddad, a ministra falou à imprensa, amenizou o descompasso com Lula e deu as boas-vindas a Pochmann.

“Já fui muito prejulgada em minha vida profissional e política. Vou ouvi-lo primeiro. Há um lado que tem falado bem e outro que tem feito questionamentos. Não quero saber do passado. Quero saber do presente. A conversa será técnica e ele será tratado como técnico. (Pochmann) será muito bem-vindo à nossa equipe. Irá e continuará no IBGE enquanto estiver atendendo aos interesses da sociedade brasileira”, afirmou.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.