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Deputados de oposição pedem suspensão de decreto com restrições às armas assinado por Lula

O pedido foi registrado no sistema eletrônico da Câmara neste sábado (22)

Oposicionistas questionam teor de decreto das armas assinado por Lula

Ao menos 53 deputados federais da oposição protocolaram uma proposta para suspender o decreto 11.615/23, editado na sexta-feira (21) pelo governo federal. A proposta faz uma ampla restrição na circulação e acesso a armas no país.

O pedido foi registrado no sistema eletrônico da Câmara neste sábado (22). Os parlamentares reclamam especificamente do dispositivo que repassa do Exército para a Polícia Federal (PF) a fiscalização do armamento e munição dos artefatos.

Integrantes da bancada da Segurança Pública, em conjunto da bancada Ruralista, argumentam que a decisão pode acarretar implicações operacionais e administrativas à PF porque, segundo eles, o órgão não possuiria estrutura para lidar com o registro e controle desse tipo de armamento.

“A manutenção do registro das armas de fogo de uso restrito no Comando do Exército é essencial para assegurar a segurança jurídica e o cumprimento adequado das normas estabelecidas pelo Estatuto do Desarmamento. Ao sustar o decreto presidencial em questão, estaremos preservando a integridade da legislação vigente e contribuindo para um sistema de registro de armas mais eficiente e seguro para toda a sociedade”, diz um trecho da representação protocolada.

O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) é o autor do pedido e aponta que o decreto possui pontos que “exorbitam o poder regulamentar, uma vez que viola o Estatuto do Desarmamento”.

As medidas representam uma reversão da política de ampliação do acesso a armas colocada em prática pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O texto corta o número de armas que poderão ser adquiridas por civis, incluindo os chamados CACs — Caçadores, Atiradores e Colecionadores –, revertendo a brecha usada por Bolsonaro para aumentar a permissão para posse de armas sem ter que reverter o projeto de lei que restringe o porte no país.

No caso do porte para defesa pessoal, o novo decreto reduz de quatro para duas as armas permitidas, e as munições, de 200 por arma, por ano, para 50. Também volta a ser exigida a comprovação de “efetiva necessidade”.

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